Nos
últimos 45 anos, a taxa de suicídio cresceu 60%, alerta a Organização Mundial
da Saúde (OMS). A cada 40 segundos, uma pessoa tira a própria vida no mundo. No
Brasil, os casos equivalem a uma ocorrência por hora, mas sabe-se que o número
real é muito maior, já que muitas vezes as mortes são relatadas como
acidentais. Considerado um problema de saúde pública, por que a imprensa não
trata o suicídio como pauta? [...] Embora a imprensa trate com frequência de
pautas que envolvem saúde, o suicídio é constantemente deixado de lado. [O
jornalista] Trigueiro lembra que o assunto é ausente na maior parte das mídias
e que, entre pessoas de 15 a 35 anos, o número de casos aumentou
consideravelmente. “São jovens que nem conhecem a vida para dizer que ela não
vale a pena.” Para o jornalista da Globo, há um problema grave a ser resolvido,
principalmente dentro dos veículos de comunicação. “A informação não circula e
os próprios manuais de redação proíbem os profissionais de falar sobre o
assunto.” [...]
(Nathália Carvalho,
Comunique-se)
Nota:
Quando tanto se fala em avanços da tecnologia e prosperidade, o que está
acontecendo com as pessoas, com o ser humano que, em tese, deveria se
beneficiar com essas supostas melhorias? Parece que as coisas não estão assim
tão boas quanto pintam os otimistas de plantão. Um crescimento de 60% no número
de suicídios em pouco mais de 40 anos revela que algo realmente está ruim. O
que falta às pessoas? Por que tantos preferem simplesmente deixar de existir? Por
que as taxas de suicídios são tão altas em países desenvolvidos, como o Japão e
a Alemanha, por exemplo? Creio que o que está faltando possa ser resumido em
uma palavra: esperança. As pessoas precisam saber que existe esperança para
este mundo decadente. Clique aqui para saber
mais.[MB]