Há
poucos dias, astrônomos aumentaram a precisão da constante de Hubble, que mede
a taxa de expansão do Universo. Agora, uma equipe de astrônomos japoneses fez
novas medições de nossa própria galáxia, o que levou a um refinamento da massa
da matéria escura presente na Via Láctea. Eles chegaram a duas conclusões
principais. A primeira é que a distância do nosso Sistema Solar até o centro da
galáxia é de 26,1 anos-luz - um ano-luz é uma medida de distância, que equivale
a aproximadamente 9,5 trilhões de quilômetros. A segunda conclusão é que a
velocidade imposta ao Sistema Solar pela rotação da galáxia é de
aproximadamente 240 km/s. Isso significa que leva 200 milhões de anos para que
o Sistema Solar complete uma “órbita” em torno do centro da galáxia.
O
valor agora medido de 240 km/s é conhecido como V0. O valor atualmente aceito
para o V0 é de 220 km/s, tendo sido estabelecido pela União Astronômica
Internacional em 1986. Em geral, a velocidade de rotação da galáxia é
determinada pelo equilíbrio com a gravidade galáctica - assim, medir a rotação
da galáxia equivale a medir a massa da galáxia.
Quando
os dados da nova pesquisa foram usados para recalcular o valor de V0, os
astrônomos verificaram que a massa de matéria escura na Via Láctea é 20% maior
do que o valor aceito hoje. Segundo os pesquisadores, esse valor tem impacto
direto sobre os experimentos que vêm tentando, até agora sem sucesso, detectar
partículas de matéria escura.
Mareki
Honma e seus colegas do Observatório Nacional do Japão usaram o projeto VERA
(VLBI Exploration of Radio Astrometry) para medir as distâncias precisas e o
movimento de 50 objetos celestes para obter o ganho de precisão.