Pesquisadores
brasileiros encontraram no interior de São Paulo um fóssil de mais de 70
milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] que pertence a um
dinossauro carnívoro da família dos carcarodontossaurídeos. A peça é
considerada a primeira evidência de que répteis desse grupo viveram também no
Brasil. O fóssil, um pedaço de osso que compõe o crânio, foi achado por
pesquisadores das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Federal de
Uberlândia (UFU) em 2009, mas a conclusão da análise foi divulgada recentemente
no site da revista científica Cretaceous
Research e será publicada na edição impressa até o fim desse ano.
O
fragmento foi encontrado na região da cidade de Alfredo Marcondes, localidade
que fica próxima a Presidente Prudente e a 586 km de São Paulo.
A
região está inserida na Bacia Bauru, uma área do território brasileiro com 370
mil km² que abrange parcialmente cinco estados (São Paulo, Paraná, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais e Goiás) e está
repleta de sedimentos como fósseis de dinossauros, de mamíferos e outros
répteis pré-históricos.
Segundo Lílian Paglarelli Bergqvist, do Laboratório de Macrofósseis da UFRJ e uma das coordenadoras da pesquisa, o fóssil de dinossauro foi encontrado quase que por acidente, já que a investigação científica buscava inicialmente resquícios de mamíferos do período Cretáceo.
De acordo com Lílian, o pedaço de osso do crânio é a primeira evidência que comprova a existência dessa família de dinossauros no Brasil. Anteriormente, apenas dentes foram encontrados em outra região do país, mas não forneciam informações suficientes para comprovar que esses répteis viveram por aqui. [...]
Os
paleontólogos trabalham com a hipótese de que esse animal media entre 12 e 13
metros de altura, é carnívoro, e pode ser comparado ao porte do tiranossauro (Tyrannosaurus rex), dinossauro que está
entre os maiores predadores que já pisaram no mundo.
Além
do fóssil de carcarodontossaurídeo, também foram encontrados resquícios de
dinossauros saurópodes (herbívoros), cujos resultados da investigação
científica deverão ser publicados em breve. O trabalho paleontológico foi
coordenado também pelo pesquisador Carlos Roberto Candeiro e pelo geólogo
Felipe Simbras.
Nota:
A abundância de fósseis de animais de grande porte sepultados (por lama e água)
em todos os continentes aponta para uma catástrofe hídrica de grandes
proporções. Do contrário, o que poderia explicar o sepultamento de tantos
animais num mesmo período e de forma tão súbita?[MB]
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