Pelo menos 52 pessoas morreram e outras 22 são consideradas desaparecidas na Guatemala por causa do terremoto de magnitude 7,4 que atingiu o país ontem, conforme a estimativa mais recente fornecida nesta quinta-feira pelo presidente Otto Pérez. Ainda segundo o presidente, mais de 700 pessoas foram deslocadas para abrigos públicos. Imóveis danificados devem ser o maior dos problemas nos próximos dias, disse ele. As equipes de resgate, que paralisaram os trabalhos na noite de quarta, retomaram nesta manhã bem cedo, acrescentou. Os guatemaltecos que se aventuraram fora de suas casas hoje encontraram cidades paralisadas, com estabelecimentos comerciais fechados, e vários imóveis em destroços.
O terremoto que devastou o sudoeste guatemalteco, com reflexos até a Cidade do México, ocorreu na tarde de quarta-feira, com epicentro no oceano Pacífico, a 24 km da costa, de acordo com o serviço sismológico dos EUA (USGS, na sigla em inglês).
Pérez relatou também que pelo menos 70 novos tremores, de menor intensidade, foram registrados nas 24 horas seguintes ao tremor principal.
As autoridades contabilizaram a maioria das vítimas em seis povoados no departamento de San Marcos, no sudoeste do país. Vários municípios da região passaram a noite sem água potável nem eletricidade. “A energia elétrica foi restabelecida em 95% [da região]”, disse o presidente, acrescentando que se intensificaram os esforços para normalizar o fornecimento de água.
Pelo menos 16 mil pessoas foram afetadas de alguma forma pelo tremor, o mais violento registrado na Guatemala desde o episódio de 1976, quando mais de 23 mil morreram.