O
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu nesta quarta-feira dar um
novo impulso às políticas contra o aquecimento global, afirmando que o país
precisa se unir para reduzir as emissões de carbono. Na primeira conferência de
imprensa após as eleições de 6 de novembro, Obama disse que planeja levar
adiante um “diálogo ao longo do país” nos próximos meses para encontrar uma
base sobre a qual promoverá políticas contra a mudança climática, após falhar
nos seus esforços no primeiro mandato. “Acredito firmemente que a mudança
climática é real, que é impactada pela conduta humana e as emissões de carbono.
Acredito que temos uma obrigação com as futuras gerações sobre fazer algo a
respeito.”
Obama disse que sua posição sobre a mudança climática exige um “processo educativo” e “decisões políticas difíceis”, mas destacou que sua postura é compatível com os esforços para se criar mais empregos numa economia que ainda balança.
“Se [...] pudermos dar forma a uma agenda que crie empregos, promova o crescimento e faça uma abordagem séria da mudança climática, acredito que o povo americano nos apoiará. Podem esperar mais de mim nos próximos meses e anos sobre como dar forma a uma agenda que tenha apoio bipartidário.”
Após a primeira eleição de Obama, grande parte do Partido Republicano rejeitou as propostas do governo para combater o aquecimento global, alegando que as medidas prejudicariam a economia.
Obama não atribuiu a megatormenta Sandy - que no início de novembro atingiu a costa leste dos EUA - à mudança climática, mas destacou que as temperaturas médias estão aumentando e que o degelo do Ártico ocorre em ritmo mais elevado que as piores previsões.
“Tem havido um número extraordinariamente grande de eventos climáticos severos aqui nos Estados Unidos, mas também em todo o mundo”, disse o presidente.
Os aliados de Obama no Congresso têm apoiado sua posição sobre a mudança climática e Nancy Pelosi, a principal democrata na Câmara de Representantes, celebrou nesta quarta-feira as declarações do presidente e disse que o combate ao aquecimento global é “prioridade”.
A Câmara de Representantes aprovou em 2009 um plano para restringir as emissões de carbono, mas a iniciativa foi barrada no Senado, apesar da maioria democrata.
(Angop)
Nota:
Levando em conta os interesses ECOmênicos, é interessante notar que o combate
ao aquecimento global supostamente causado pelo ser humano passa a ser “prioridade”
da nova fase do governo Obama. Resta esperar para ver que “decisões políticas
difíceis” serão essas. Se os EUA abraçarem a proposta do Slow Sunday (confira
aqui), teremos um cenário bastante interessante para a adoção do “dia da família” e da Terra.[MB]