O
crescimento da aids entre os jovens, especificamente entre os homossexuais, é
uma das “grandes preocupações” do Ministério da Saúde,
afirmou nesta terça-feira (20) o ministro Alexandre Padilha. “Essa geração não
acompanhou o início da luta contra a aids nem perdeu ídolos por causa da
doença, por isso a importância da sensibilização”, argumentou Padilha. A faixa
entre 15 e 24 anos merece atenção no controle do HIV porque concentra boa parte
das pessoas recém-infectadas. Entre os soropositivos nessa faixa etária, os
homossexuais representam uma parcela cada vez maior. Em 2002, eles eram pouco
menos de 40%. De acordo com os novos dados apresentados pelo Ministério, eles
já ultrapassam os 50%.
Por
isso, os jovens são um público-alvo importante do programa “Fique Sabendo”, que
vai oferecer testes rápidos para detectar HIV, hepatite e sífilis. A meta do
Ministério da Saúde é examinar 500 mil pessoas no período. Para atingir esse
público específico, o Ministério pretende levar a campanha de mobilização para
locais frequentados por jovens – com atenção especial para os homossexuais –,
como boates e bares. Além disso, a campanha será feita nas redes sociais, assim
como no rádio e na televisão.
Entre
2005 e 2011, o número de exames rápidos feitos no país aumentou de 528 mil para
2,3 milhões, pelo programa “Fique Sabendo”. Só neste ano, de janeiro a
setembro, foram distribuídas 2,1 milhões de unidades, e a expectativa do
governo é encerrar 2012 com uma remessa de 2,9 milhões de testes só para
detectar o vírus da aids.
Cerca
de 38 mil casos são diagnosticados anualmente no país. Quanto antes é
descoberto o vírus, mais eficaz é o tratamento. Segundo o Ministério, cerca de
70% das pessoas que tomam o coquetel antirretroviral apresentam cargas virais
indetectáveis. [...]
Atualmente,
cerca de 530 mil pessoas estão com o vírus HIV no país. Dessas, 217 mil estão
em tratamento e 130 mil ainda não sabem que tem a doença, segundo o ministério.
“Nossa meta com a campanha é fazer com que pessoas que façam parte desses 130
mil tomem conhecimento e comecem a se tratar”, disse o ministro. [...]
Nota:
Para o governo, basta tratar os infectados e pregar que o sexo seguro se
consegue com o preservativo. Isso tem seu lugar, evidentemente, mas não
consiste no ataque da causa. A causa é o “sexo livre”, cujos resultados não se
limitam à contaminação pelo HIV (leia aqui e aqui). Enquanto as autoridades não tiverem coragem de
dizer com todas as letras (ao contrário do que “dizem” as novelas, os seriados
e os filmes) que o estilo de vida dos jovens está errado (sexo casual, baladas
regadas a álcool e drogas, “ficar”, etc.), problemas como esse e outros somente
tenderão a crescer. Um bom (mau) exemplo é a foto da campanha acima, acompanhada da frase: "Cada vez que você dorme com alguém, você dorme com o passado dela." Isso é a pura verdade (tanto no aspecto físico quanto no psicológico/emocional). Mas qual é a solução apontada para isso? Fazer teste de HIV. Não, a solução é defender e ensinar o verdadeiro sexo seguro: entre duas pessoas casadas que se preservaram uma para a outra para viver a sexualidade dentro do casamento e exclusivamente nele.[MB]