“Nós
já fomos mais inteligentes.” Essa frase pode ser atribuída a um famoso
jornalista brasileiro, mas agora também está sendo dita por um geneticista
chamado Gerald R. Crabtree, que publicou o estudo “Nosso frágil intelecto”.
Para o cientista, há uma série de evidências que mostram que a raça humana
passou por mutações genéticas que resultaram na perda de capacidade intelectual ao longo dos milênios. O grande
foco da análise de Crabtree (que é pesquisador de Stanford, uma das
universidades mais respeitadas dos Estados Unidos) está nos genes humanos. Ele
diz que o cérebro humano precisa de
milhares de genes para ser formado e simples alterações em um deles pode causar
grandes problemas para a absorção de conhecimento. Ele também diz que isso
pode ter acontecido pelo menos duas vezes nos últimos milênios.
Apesar
de Crabtree ser um pesquisador de uma grande universidade norte-americana, a
comunidade científica não parece ter recebido os estudos dele com bons olhos.
Não por falhas em números ou inconsistências em argumentos, mas sim pela
similaridade da teoria de Crabtree com outras teorias que ficaram muito famosas
no começo do século XX: as teorias eugênicas.
A eugenia é base de boa parte das argumentações de quem defende a pureza racial. Crabtree acaba reacendendo discussões parecidas com aquelas, pois os primeiros teóricos da eugenia diziam que a mistura de raças poderia deixar os humanos menos inteligentes. Mesmo com todas as críticas, Gerald Crabtree disse à revista PopSci que seus trabalhos nada tem a ver com a eugenia.
Ele
disse também que o melhoramento genético poderá resolver todos os problemas no
futuro, isso se eles se tornarem um problema. Vale dizer que Crabtree não disse
que estamos “mais burros”, mas sim que atualmente temos “menor capacidade
intelectual”, porém com mais conhecimento.
(Tecmundo)
Nota:
Será que a rejeição à teoria de Crabtree tem que ver apenas com a eugenia ou
haveria algo mais por trás disso? Não seria pelo fato de a teoria dele ter tudo
a ver com o criacionismo, segundo o qual as mutações nunca
acrescentam informação genética, nem favorecem o “surgimento” de novos órgãos
funcionais e planos corporais? Ou seria por que, como dizem os criacionistas, e
a pesquisa de Crabtree atesta, a humanidade está involuindo e não
evoluindo?[MB]
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