quarta-feira, dezembro 14, 2016

Fóssil “pré-histórico” tem vestígios de cor preservados

Elementos frágeis desafiam a datação
Um fóssil bem preservado encontrado na China ainda contém os compostos biológicos originais que deram ao pássaro de [supostos] 130 milhões de anos sua cor. A descoberta estende o período em que os cientistas pensaram que essas substâncias podiam ser conservadas. A pesquisa foi realizada por especialistas da Universidade Estadual da Carolina do Norte, nos EUA, e da Academia Chinesa de Ciências e da Universidade de Linyi, na China. Os pesquisadores mostraram evidências de preservação original de queratina e melanosoma nos restos fossilizados do Eoconfuciusornis, uma espécie parecida com o corvo que viveu na China cerca de 130 milhões de anos atrás. Esse é o mais antigo fóssil já descoberto que contém vestígios dessas moléculas. Paleontologistas já haviam encontrado vestígios de organelas contendo melanosoma em penas fossilizadas antes. O problema é que não tinham certeza se os melanosomas, e suas cores associadas, vinham na verdade da criatura preservada ou de micróbios que “atacaram” essas penas durante sua decomposição e fossilização. Mais evidências eram necessárias para separar as duas possibilidades.

Essa evidência agora chegou na forma de queratina, uma proteína fibrosa que protege certas células de danos. “Se esses pequenos corpos são melanosomas, eles devem ser incorporados em uma matriz queratinosa, uma vez que as penas contêm beta-queratina”, observou Mary Schweitzer, bióloga da Universidade Estadual da Carolina do Norte e coautora do estudo, em um comunicado. “Se não pudéssemos encontrar a queratina, então essas estruturas poderiam ser facilmente micróbios, ou uma mistura de micróbios e melanosomas”.

Usando microscópios eletrônicos, juntamente com uma técnica para criar um mapa de alta resolução dos elementos dentro das penas, os pesquisadores foram capazes de mostrar que os traços químicos de melanosomas e queratina no fóssil eram realmente derivados das penas originais. Como conclusão, o sombreado marrom escuro visto nesse fóssil é provavelmente indicativo da aparência e cor do pássaro quando ainda estava vivo.

Os pesquisadores dizem que sua nova técnica tem o potencial de ajudar os cientistas a compreender, em nível molecular, como e por que as penas evoluíram nesses pássaros primitivos. A presença de melanosomas e queratina nesse fóssil sugere que outros poderiam revelar segredos semelhantes. [...]


Nota: Perceba o esforço para salvar a teoria dos fatos: “A descoberta estende o período em que os cientistas pensaram que essas substâncias podiam ser conservadas.” Em lugar de admitir que esses animais possam ter vivido em um tempo não tão antigo quanto pressupõem os evolucionistas, os pesquisadores preferem supor que estruturas e substâncias frágeis possam ter sido miraculosamente preservadas por milhões de anos. Enquanto isso, continuam sem respostas convincentes o mistério de achados cada vez mais frequentes de tecidos moles em fósseis de dinossauros, como este aqui, este aqui e este aqui. Ou mesmo de células sanguíneas em fósseis datados em milhões de anos (confira aqui).