De maior predador da face da Terra, o tiranossauro foi rebaixado recentemente à categoria de carniceiro pelos estudos de diversos paleontólogos. Para piorar sua reputação, pesquisas nos arquivos do Museu de História Natural americano mostram que o anúncio de sua descoberta, em 1905, foi um grande golpe de marketing. Henry Osborn e Barnum Brown, que apresentaram o monstro ao mundo, se basearam em ossos de duas patas traseiras, uma dianteira e um quadril, sem saber se eram do mesmo animal (não eram). Naquele tempo, os museus competiam por fósseis, e a dupla decidiu se antecipar para não perder a descoberta. Após o anúncio, o esqueleto levou dez anos para ser montado, não sem algumas falhas. A primeira versão foi feita com ossadas diversas, resultando num bicho de pernas desproporcionalmente maiores. Seus bracinhos apareceram com três dedos (eram dois). Os cientistas hoje consideram que os maiores carnívoros foram o espinossauro, de até 18 metros, seguido do giganotossauro, com 16 metros. O tiranossauro atingia 13 metros.
(Revista Época, 6/03/06)
Nota: Vale lembrar que no início do ano passado uma descoberta agitou o mundo científico: pesquisadores encontraram o tecido macio de um T-rex, numa região de dunas do Estado de Montana, nos Estados Unidos. Acreditava-se que esse tipo de tecido suave podia ser preservado por poucos milhões de anos, o que nos leva a pensar que talvez os dinossauros não sejam tão antigos como sustentam os evolucionistas.[MB]