quinta-feira, janeiro 08, 2009

Em débito com Sodoma e Gomorra

Em sua coluna no site Direto da Redação, a jornalista Leila Cordeiro trata de um tema delicado e polêmico: o crescimento dos adeptos do “barebacking”. Mas que negócio é esse? Fui saber lendo o texto dela. Seguidores dessa “tendência” sexual são homens que praticam sexo com outros homens infectados com o vírus da aids e têm até slogan: “Sexo inseguro é coisa para macho”. Segundo Leila, com toda a razão do mundo, essa nova “tendência” desafia o bom senso, o próprio sentimento humano de sobrevivência e até a ciência. Leila arremata seu artigo com estes comentários extremamente lúcidos: “As entrevistas com participantes das festinhas de ‘barebacking’ revelam a irresponsabilidade do grupo em relação a eles próprios, à sociedade e ao custo dos tratamentos, pagos pelo governo. Arautos da campanha ‘pela libertação da camisinha’, eles dizem que ‘não estão nem aí para os gastos excessivos do governo’. O repórter informa que dos ‘cofres públicos sai cerca de R$ 1 bilhão por ano para tratamento exclusivo de soropositivos. Um paciente consome de R$ 5.300 a R$ 26.700 por ano. Cerca de 20 mil pessoas infectadas iniciam tratamento com anti-retrovirais no país, anualmente.

“Enquanto gente saudável está querendo se contaminar com o HIV simplesmente pelo prazer de um ‘fetiche’, milhões de soropositivos em países miseráveis da África lutam pela vida, com pouca chance de sobreviverem.

“Nos tempos difíceis que o mundo vive, envolvido em guerras, invasões e massacres, uma crise financeira que ninguém sabe aonde vai nos levar, a aids continua sendo motivo de preocupação da ciência e de governantes de todos os continentes. E essa liberdade sexual, que beira os limites de Sodoma e Gomorra, em nada contribui para o bem da humanidade.”

Falou e disse, Leila.