sexta-feira, janeiro 23, 2009

Os alunos de lá serão mais críticos (e preparados)

O Conselho de Educação Estadual do Texas votou hoje (22/1) para exigir que os alunos analisem e avaliem a descendência comum e a seleção natural, dois elementos principais da teoria moderna da evolução. O voto surpreendente veio depois que o Conselho não conseguiu restabelecer o texto nos parâmetros gerais de ciência explicitamente exigindo a cobertura de “fraqueza e robustez” das teorias científicas.

“Hoje o Conselho estadual de Educação do Texas deu um passo atrás e dois para frente”, disse o Dr. John West do Discovery Institute. “Embora nós desejássemos que eles tivessem retido o texto de fraqueza e robustez nos parâmetros gerais, hoje eles fizeram algo verdadeiramente notável. Eles votaram exigindo que os alunos analisem e avaliem alguns dos aspectos mais importantes e controversos da teoria da evolução moderna, tais como o registro fóssil, a descendência comum e até a seleção natural.”

De acordo com West, essas mudanças no Texas Essential Knowledge and Skills [algo com os nossos PCNs] significam que os professores e alunos poderão discutir a evidência científica que apoia bem como a evidência que não apoia as teorias científicas.

“Analisar, avaliar, qualquer escrutínio adicional somente pode ajudar os alunos a aprender mais sobre a teoria”, disse West, que é diretor associado do Center for Science & Culture do Discovery Institute.

(Discovery Institute)

Nota: Já que ensinar nas escolas públicas o criacionismo juntamente com o evolucionismo parece um alvo difícil de ser alcançado (até porque pouquíssimos professores seriam capazes de uma abordagem adequada de ambos os modelos em contraposição justa e respeitosa), bem que o MEC poderia se inspirar no exemplo do Conselho de Educação Estadual do Texas e promover, pelo menos, o ensino crítico do darwinismo e não a blindagem da teoria. A ciência se desenvolve pela discussão e pela consideração ao contraditório. Quando todo mundo está pensando igual, ninguém está pensando. É isso o que o MEC quer?[MB]