segunda-feira, janeiro 12, 2009

Pessoas irreais e vida virtual

Quando lemos a Bíblia, percebemos que seus autores longe de escrever uma autobiografia impecável, foram inspirados por Deus a registrar seus deslizes e pecados, juntamente com seu arrependimento e restauração. Isso motiva os leitores, porque eles entendem que também têm esperança, não importa o que tenham feito de suas vidas ou quão longe tenham ido de Deus. No Orkut, a coisa frequentemente é diferente. E isso fica claro numa descrição feita pela amiga de um amigo meu, cujo texto reproduzo abaixo. Antes, quero deixar claro que tenho Orkut (para os parentes e amigos mais chegados que moram distante poderem manter contato) e não condeno quem tem. Mas o texto faz pensar...

“Tinha o meu [Orkut] há quatro anos. Tinha 454 amigos. Dentre esses, uns 100 eu não conhecia. Não porque eu add todo mundo, mas porque eu canto em grupos e acabo sendo conhecida. No início, eu gostava porque podia ver de tudo e todos. Era restrito. Mas depois que se tornou aberto começou a me incomodar. Meu perfil se tornou bem resumido, mas até que era fofo... rsrs...

“Eu via a vida das pessoas como se elas estivessem em aquários. Mas detalhe: só o lado bom. Todo mundo é bonito, todo mundo é legal. Todo mundo conhece gente interessante e vai a lugares legais. Sabe... isso devagar foi me incomodando. Não porque eu não goste de ver o lado bonito das coisas. Eu amo! Mas porque eram sepulcros caiados. Quem tem a vida horrivelmente triste mais recorre à vida virtual...”