quinta-feira, janeiro 29, 2009

Rabinato de Israel rompe com Vaticano

O rabinato de Israel cortou todos os seus laços com o Vaticano em protesto pela decisão do papa Bento 16 de revogar a excomunhão do bispo britânico Richard Williamson, que negou o extermínio sistemático de seis milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Em uma carta enviada à Santa Sé por seu diretor geral, Oded Weiner, o rabinato comunica sua indignação pela reabilitação do bispo Williamson e suspende um encontro entre judeus e cristãos programado para o início de março. "Sem uma desculpa pública será difícil continuar com este diálogo", afirma a carta de Weiner. O encontro devia acontecer entre os dias 2 e 4 de março em Roma entre o rabinato, entidade oficial em Israel, e a Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com o Judaísmo, presidida pelo cardeal Walter Casper. Williamson e outros três bispos foram excomungados há 20 anos, depois que o ultraconservador arcebispo Marcel Lefebvre os consagrou sem aprovação do papa. Para tentar recuperar a parcela ultraconservadora católica, o papa Bento 16 revogou a excomunhão dos bispos no último sábado, provocando uma onda de reações negativas entre a comunidade judaica. Williamson havia dito, em entrevista recente a uma rede de televisão sueca, que não haviam câmaras de gás e que, no máximo, entre 200 mil e 300 mil judeus sofreram nos campos de concentração. Em outras ocasiões, disse que Deus não queria que mulheres estudassem e que os ataques terroristas de 11 de Setembro foram uma conspiração dos Estados Unidos. Williamson dirige atualmente um seminário em La Reja, a 50 quilômetros de Buenos Aires, Argentina. Que tal, não é um rematado caso de estúpido em estágio terminal?

(VideVersos)