Um estudo internacional, do qual participou o Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC), da Espanha, demonstrou a influência da água em um asteróide cuja origem data de mais de 4,5 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira [e noticiada pelo portal Terra], estudou 11 meteoritos cuja composição "extraordinariamente similar" apontava que pertenciam a um mesmo asteróide "progenitor".
Apesar dessa semelhança, o estudo detectou diferenças na composição química dos minerais presentes nas rochas. Segundo os pesquisadores, isso indica que os fragmentos sofreram um processo de alteração por água. Um dos meteoritos analisados foi encontrado em 1969, em Murchison, na Austrália.
Essa notícia faz pensar na "grande catástrofe" descrita pelo geólogo Nahor Neves de Souza Jr., em seu livro Uma Breve História da Terra (SCB). No livro, o Dr. Nahor conta que nas seis missões do Projeto Apollo (1969 a 1972), desenvolvidas pela Nasa, foram coletados mais de 380 kg de amostras de solos e rochas da superfície da Lua. Quando os cientistas analisaram as amostras retiradas das crateras de impacto, perceberam que todas tinham a mesma “idade”. A conclusão mais provável é a de que os impactos de meteoritos na Lua ocorreram praticamente todos ao mesmo tempo. Ou seja, a Lua foi vítima de um gigantesco e violento episódio, conhecido como o “grande bombardeamento”, que, na verdade, afetou todo o Sistema Solar.
Lembra-se da ordem dos planetas no Sistema Solar? Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter... Entre Marte e Júpiter parece que falta um planeta. O espaço é ocupado pelo cinturão de asteróides. Há muitas evidências de que a Terra também passou por um tremendo bombardeamento de meteoritos no passado, só que aqui existem as intempéries que acabam mascarando ou mesmo eliminando as marcas de impacto. Uma cratera famosa dessas está no deserto do Arizona e tem 175 metros de profundidade.
O mesmo fenômeno que causou os impactos na Lua pode ter atingido a Terra. Se realmente houve um planeta entre Marte e Júpiter e se por algum motivo ele explodiu, isso explicaria muito bem esse bombardeamento de meteoritos e até mesmo os cometas. Então, aquela história de um grande meteorito que teria levado os dinossauros à extinção pode ser verdadeira? Em parte. Apenas um meteorito provavelmente não seria capaz disso e nem responderia pela existência de tantos fósseis no mundo inteiro (lembre-se de que para um ser vivo ser fossilizado ele tem que ser rapidamente soterrado por lama). Mas pense numa enxurrada de meteoritos caindo em terra e mar. Os que caíram na terra acabaram rachando a crosta, dando origem aos deslocamentos de placas tectônicas, aos terremotos e aos derrames de lavas. Os que caíram em mar poderiam gerar tsunamis de centenas de metros de altura, varrendo os continentes e destruindo tudo pela frente, sepultando quantidades incríveis de rochas, plantas e animais.
Essa pesquisa do CSIC parece ir nessa direção. Mas quem vai admitir?