O
Dia dos Namorados, comemorado nacionalmente no dia 12 de junho, geralmente é
relacionado a troca de presentes, carícias, beijos e outras intimidades, mas
nem todos comemoram a data dessa forma. O G1 conversou com um casal adepto do
movimento “Eu Escolhi Esperar” de Manaus que contou sobre a comemoração mais
comportada que pretendem fazer, focada mais no futuro que no presente. Rodrigo
Alexandre de Sousa e Raquel Cristina Mendes [foto ao lado] namoram desde 2010.
Além de nomes compostos, o casal tem em comum a idade (21 anos), a religião
evangélica cristã e a vontade de esperar até casar para ter relações sexuais. Segundo
Raquel, a decisão foi imposta antes do namoro. “O período anterior ao namoro
foi um tempo de maturidade e de ‘cartas na mesa’, assim, discutimos sobre o que
pensamos sobre compromisso sério e casamento, principalmente sobre sexo, algo
reservado para o esposo e esposa, mesmo concordando que é uma tarefa difícil”,
explicou.
Até
o casamento - e isso inclui a comemoração do Dia dos Namorados - os contatos
mais intensos são proibidos. “Nós nos beijamos, mas impomos limites, evitando
certos contatos mais intensos, que mexem mais com os sentidos, e certos tipos
de beijo. O principal é guardar a mente e o coração. Sabemos que não se peca
somente por beijos e carícias, mas um pensamento sobre sexo, uma imagem, uma
palavra maliciosa pode levar uma pessoa a pecar, e existem inúmeras formas de
se perder”, disse Raquel.
Manter
a castidade, segundo o casal, não é fácil, mas a vontade de manter essa decisão
é maior que qualquer outra. “Não podemos dizer que nunca tivemos vontade de
ultrapassar esses limites, mas nas horas difíceis só mesmo Deus pra ajudar e
trazer um incômodo. Temos a Bíblia como estilo de vida, nosso corpo é templo do
Espírito Santo, e sabemos o que é permitido”, disse a estudante de Urbanismo e
Arquitetura.
Focados
no futuro, o casal revelou que tem um plano diferente para comemorar a data
especial. “Esse dia dos namorados será inesquecível! Estamos focados no casamento,
abrindo mão desse dia, pra um dia depois da prova da Ordem dos Advogados”,
disse Rodrigo, que está no 9º período da faculdade de Direito.
Apesar
de não celebrar a data da forma mais convencional, Rodrigo explica que não
importa tanto a maneira como vão celebrar esta data e sim a certeza de que
serão namorados para sempre e são o par certo para casar. “Eu descobri que
Raquel era a pessoa que Deus havia escolhido para mim após o primeiro ano de
namoro quando notei que, ao contrário do que diziam, que com o tempo a paixão
sucumbiria dando lugar à mesmice, nosso relacionamento só melhorava, a
maturidade estava mais presente, conversávamos mais, ríamos mais, mas o que
mais me fez ter certeza foi a perseverança em cumprir a decisão de se guardar
para o casamento!”, concluiu.
Nota:
Numa época em que os marqueteiros se valem do sensualismo para vender para namorados lingerie, pacotes de turismo e diárias em motel, por exemplo (o que,
evidentemente, é impróprio para solteiros), é alentador ver que ainda existem
jovens com princípios e com coragem de testemunhar em público, como é o caso de
Rodrigo e Raquel. E quer saber? A decisão deles os coloca dentro do grupo que,
segundo as estatísticas, será mais feliz no casamento e terá uma vida sexual
mais plena. Ao contrário do que pregam certos liberais irresponsáveis, não é a “prática” prévia que garante a satisfação sexual, mas a doação total e exclusiva num contexto
que envolve compromisso e romantismo sob as bênçãos de Deus (leia-se casamento). É o leito conjugal sem
mácula (Hb 13:4), com a certeza de que se está fazendo a coisa certa, com a pessoa
certa, no momento certo, sem os traumas e as marcas decorrentes de
relacionamentos irresponsáveis/precipitados; sem o erro da entrega de algo
valioso para a pessoa errada. Que seu Dia dos Namorados seja envolvido pela
pureza e pela certeza de que você e seu provável futuro cônjuge estão
escrevendo uma história de amor que durará para sempre.[MB]