Nesta
semana, chamou a atenção (especialmente dos adventistas do sétimo dia) uma pesquisa realizada
na Califórnia segundo a qual pessoas que adotam uma dieta vegetariana (e os
pesquisados foram justamente membros vegetarianos da igreja adventista) têm
risco de morte 12% menor em comparação com as pessoas que comem carne. É
gratificante ver a ciência mais uma vez confirmando conselhos inspirados dados
há um século [!]. Para os adventistas que costumam ler os ótimos livros de Ellen White
(com destaque para o clássico A Ciência do Bom Viver),
pesquisas dessa natureza na verdade não são novidade. Leia as citações a seguir
(os itálicos e os trechos entre colchetes são meus. – MB):
“Se os adventistas do sétimo dia pusessem
em prática o que professam crer, se fossem sinceros reformadores da saúde, seriam realmente um espetáculo ao mundo,
aos anjos e aos homens. E revelariam um zelo bem maior pela salvação daqueles
que ignoram a verdade [note que a sensibilidade missionária está relacionada
também com o cuidado com a saúde]. Maiores
reformas devem-se ver entre o povo que professa aguardar o breve
aparecimento de Cristo. A reforma de saúde deve efetuar entre nosso povo uma
obra que ainda não se fez. Há pessoas que
devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne
de animais, pondo assim em risco a saúde
física, mental e espiritual” (Conselhos Sobre Saúde, p. 575).
“Tem-me sido repetidamente mostrado que
Deus está procurando nos levar de volta, passo a passo, a Seu desígnio original – que o ser humano
subsista com os produtos naturais da terra [Deus quer nos levar ao Seu desígnio
original em todos os aspectos: casamento heterossexual monogâmico,
vegetarianismo, criacionismo, etc.]. Entre os que estão aguardando a vinda do
Senhor, deve a alimentação cárnea ser
finalmente abandonada; a carne deixará de fazer parte de seu regime
alimentar. Devemos ter isto sempre em mente, e procurar agir firmemente nesse sentido” (Conselhos
Sobre Saúde, p. 450).
“A força dominante do apetite demonstrar-se-á
a ruína de milhares quando, se houvessem triunfado nesse ponto, teriam tido
força moral para ganhar a vitória sobre qualquer outra tentação de Satanás [se
não conseguirmos vencer o apetite pervertido, como poderemos vencer em questões
ainda mais probantes?]. Os que são escravos do apetite, no entanto, deixarão de
aperfeiçoar o caráter cristão. A incessante transgressão do ser humano através
de seis mil anos tem trazido em resultado doença, dor e morte. E, à medida que
nos aproximamos do fim do tempo, a tentação do inimigo para ceder ao apetite
será mais poderosa e difícil de vencer” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 59).
Note que, segundo os textos acima (e
muitos outros da mesma autora), a longevidade e a saúde física desfrutadas pelos
que adotam uma dieta o mais natural possível são “apenas” uma bênção adicional
no processo. O propósito principal é, sem dúvida, a maior consagração e o
refinamento dos sentidos, da sensibilidade e da capacidade de nos comunicarmos
com Deus. Se no passado (quando todos os alimentos eram bem mais saudáveis)
esse assunto não foi tão levado a sério, neste tempo – em que rapidamente nos
aproximamos do fim e os alimentos estão ainda mais insalubres –, é preciso dar
mais atenção ao tema da temperança. Não apenas nossa saúde física (importante
como possa ser) depende disso, mas, sobretudo, nossa espiritualidade e nosso
discernimento mental, que serão provados até o limite num momento crucial em
que a história humana terá seu desfecho.
Estejamos atentos às confirmações da
ciência (mais um “recadinho” de Deus), mas, principalmente, aos conselhos da
Revelação. Devemos dar a devida importância a esse assunto, “agir firmemente
nesse sentido” e fazer tudo com sabedoria e equilíbrio, buscando informações
corretas a fim de que a reforma de saúde realizada com muita oração
(reavivamento) faça dos reformadores um “espetáculo ao mundo”, não um show bizarro protagonizado por “atores”
desequilibrados e fanáticos.[MB]