sexta-feira, junho 14, 2013

Pesquisa confirma o que já sabíamos há anos

Nesta semana, chamou a atenção (especialmente dos adventistas do sétimo dia) uma pesquisa realizada na Califórnia segundo a qual pessoas que adotam uma dieta vegetariana (e os pesquisados foram justamente membros vegetarianos da igreja adventista) têm risco de morte 12% menor em comparação com as pessoas que comem carne. É gratificante ver a ciência mais uma vez confirmando conselhos inspirados dados há um século [!]. Para os adventistas que costumam ler os ótimos livros de Ellen White (com destaque para o clássico A Ciência do Bom Viver), pesquisas dessa natureza na verdade não são novidade. Leia as citações a seguir (os itálicos e os trechos entre colchetes são meus. – MB):

“Se os adventistas do sétimo dia pusessem em prática o que professam crer, se fossem sinceros reformadores da saúde, seriam realmente um espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. E revelariam um zelo bem maior pela salvação daqueles que ignoram a verdade [note que a sensibilidade missionária está relacionada também com o cuidado com a saúde]. Maiores reformas devem-se ver entre o povo que professa aguardar o breve aparecimento de Cristo. A reforma de saúde deve efetuar entre nosso povo uma obra que ainda não se fez. Há pessoas que devem ser despertadas para o perigo de comer carne, que ainda comem carne de animais, pondo assim em risco a saúde física, mental e espiritual” (Conselhos Sobre Saúde, p. 575).

“Tem-me sido repetidamente mostrado que Deus está procurando nos levar de volta, passo a passo, a Seu desígnio original – que o ser humano subsista com os produtos naturais da terra [Deus quer nos levar ao Seu desígnio original em todos os aspectos: casamento heterossexual monogâmico, vegetarianismo, criacionismo, etc.]. Entre os que estão aguardando a vinda do Senhor, deve a alimentação cárnea ser finalmente abandonada; a carne deixará de fazer parte de seu regime alimentar. Devemos ter isto sempre em mente, e procurar agir firmemente nesse sentido” (Conselhos Sobre Saúde, p. 450).

“A força dominante do apetite demonstrar-se-á a ruína de milhares quando, se houvessem triunfado nesse ponto, teriam tido força moral para ganhar a vitória sobre qualquer outra tentação de Satanás [se não conseguirmos vencer o apetite pervertido, como poderemos vencer em questões ainda mais probantes?]. Os que são escravos do apetite, no entanto, deixarão de aperfeiçoar o caráter cristão. A incessante transgressão do ser humano através de seis mil anos tem trazido em resultado doença, dor e morte. E, à medida que nos aproximamos do fim do tempo, a tentação do inimigo para ceder ao apetite será mais poderosa e difícil de vencer” (Conselhos Sobre o Regime Alimentar, p. 59).


Note que, segundo os textos acima (e muitos outros da mesma autora), a longevidade e a saúde física desfrutadas pelos que adotam uma dieta o mais natural possível são “apenas” uma bênção adicional no processo. O propósito principal é, sem dúvida, a maior consagração e o refinamento dos sentidos, da sensibilidade e da capacidade de nos comunicarmos com Deus. Se no passado (quando todos os alimentos eram bem mais saudáveis) esse assunto não foi tão levado a sério, neste tempo – em que rapidamente nos aproximamos do fim e os alimentos estão ainda mais insalubres –, é preciso dar mais atenção ao tema da temperança. Não apenas nossa saúde física (importante como possa ser) depende disso, mas, sobretudo, nossa espiritualidade e nosso discernimento mental, que serão provados até o limite num momento crucial em que a história humana terá seu desfecho.

Estejamos atentos às confirmações da ciência (mais um “recadinho” de Deus), mas, principalmente, aos conselhos da Revelação. Devemos dar a devida importância a esse assunto, “agir firmemente nesse sentido” e fazer tudo com sabedoria e equilíbrio, buscando informações corretas a fim de que a reforma de saúde realizada com muita oração (reavivamento) faça dos reformadores um “espetáculo ao mundo”, não um show bizarro protagonizado por “atores” desequilibrados e fanáticos.[MB]