domingo, junho 09, 2013

Pastores receiam admitir dúvidas sobre criacionismo

Deus criou o mundo em seis dias literais de 24 horas? Ele usou a evolução para criar a vida em sua forma atual? BioLogos encomendou recentemente um estudo para ver como pastores protestantes responderam a essas e outras perguntas sobre a origem humana. Uma pequena maioria dos pastores (54%) ainda sustenta o criacionismo da Terra jovem [YEC, na sigla em inglês], mas um número surpreendente aceita outros pontos de vista. 15% aceitam o criacionismo progressivo [PC] (Deus criou a vida em sua forma atual durante um período de tempo, mas não via evolução), e 18% apoiam a evolução teísta [TE] (Deus criou a vida através de um processo natural como a evolução). O estudo também revelou:

- A maioria dos pastores (72% de YECs e 73% dos TEs) concorda que os cristãos precisam olhar seriamente para a compreensão da ciência e da origem humana.

- No entanto, 58% dos YECs e 41% dos PCs admitiram que levantar dúvidas sobre a origem humana iria causar impacto negativo sobre seu ministério.

- 60% dos pastores reconhecem que algumas partes das Escrituras são simbólicas, mas autoritativas.

- Mais da metade dos pastores pesquisados ​​expressa preocupações com a ideia de que Deus usou a evolução para criar a vida em sua forma atual. Suas razões? A ideia de que isso “mina a autoridade das Escrituras” (64%), “veem trechos da Bíblia como não literal, como Genesis” (62%), “levantam dúvidas sobre Adão e Eva históricos” (61%), e “levantam questões sobre como e quando a morte e o pecado entraram no mundo” (59%).


Nota: A pesquisa do BioLogos foi realizada entre pastores evangélicos. Percebe-se claramente que o liberalismo teológico vem minando a fé numa criação literal, segundo narra o livro de Gênesis. O relativismo e o pós-modernismo vêm fazendo estragos no meio evangélico, ainda mais se levarmos em conta que muitas dessas igrejas têm pregado um evangelho existencialista e/ou funcionalista/utilitarista, distanciado-se mais e mais das páginas sagradas da Bíblia. E cada vez mais um grupo específico vai sendo isolado em sua compreensão literal do relato da criação em seis dias de 24 horas; um grupo que reserva o sétimo dia da semana (o sábado) para atividades exclusivamente religiosas justamente porque crê que Deus fez a mesma coisa no fim de Sua obra criativa, reservando o sábado como memorial dessa criação literal (Gn 2:1-3). Por abraçar a mistura impossível do evolucionismo teísta (que, na verdade, é péssima teologia somada a péssima ciência), a maioria dos cristãos está reforçando o coro dos ateus, agnósticos, sem religião e outros, segundo os quais gente como os adventistas do sétimo dia são “fundamentalistas”, fanáticos de visão estreita. A polarização cresce cada vez mais. Só não vê quem não quer.[MB]