Cientista corajoso |
Diretor executivo da Sociedade Brasileira
de Design Inteligente explica a teoria que tem desafiado a hegemonia
evolucionista
Alguns acreditam que faltava um cientista para liderar o
movimento do Design Inteligente no Brasil que tivesse trânsito e respeito no
meio acadêmico. Faltava. A teoria que enxerga planejamento na natureza em oposição
ao acaso evolucionista, tem agora na figura do químico Marcos Eberlin seu
porta-voz oficial. Eberlin foi escolhido como diretor executivo da recém-criada
Sociedade Brasileira do Design Inteligente, num encontro inédito realizado em
novembro, em Campinas, SP, do qual participaram mais de 300 pesquisadores.
Gente de peso que decidiu dar a cara e o currículo Lattes a tapa num ambiente
profissional que considera apostasia questionar o paradigma evolucionista.
Marcos Eberlin, assim como os demais pesquisadores, está
ciente do “vespeiro” em que está entrando. Ele tem 55 anos, nasceu em Campinas,
SP, e estudou a vida inteira – da graduação ao doutorado em Química – na
Unicamp. Ali ele é professor titular e coordena o Laboratório ThoMSon de
Espectrometria de Massas, área de sua especialização num pós-doutorado nos
Estados Unidos. É membro da Academia Brasileira de Ciências, tem recebido vários
prêmios, orientou mais de 150 pesquisas acadêmicas e publicou outros 650
artigos científicos. Currículo não lhe falta, e coragem também não. Nesta
entrevista, concedida ao jornalista Michelson Borges, ele explica os pilares da
TDI, suas semelhanças e diferenças com relação ao criacionismo e por que,
apesar de enxergar sérias falhas na teoria da evolução, acredita que o ensino
sobre ela ainda não deve ser substituído nas aulas de ciências. [Continue lendo.]