Design inteligente ou acaso cego |
O processo mais importante realizado dentro
das células é a fabricação das proteínas. Todas elas feitas utilizando as
instruções que estão no DNA. Esse processo para a fabricação de proteínas era
tido como único e definitivo no campo da biologia molecular. Mas uma
pesquisa da Universidade de Utah, publicada em 2/1/2015 pela revista Science, mostra que existem exceções
para ele: algumas proteínas conseguem fazer outras proteínas. Normalmente, as
proteínas são feitas a partir de aminoácidos que ficam dentro das estruturas
celulares chamadas de ribossomos. O design de cada proteína, que
fabricam de anticorpos até músculos, é codificado no DNA e entregue aos
ribossomos por moléculas chamadas de RNA mensageiro (RNAm). Nelas, essas
informações genéticas são usadas por outra molécula parecida, o RNA
transportador (RNAt), para construir a proteína.
A pesquisa publicada nesta sexta-feira
encontrou uma nova forma pela qual uma proteína é construída dentro das
células. Uma proteína chamada Rqc2 faz o trabalho que normalmente seria feito
pelo RNAm. Ela se conecta ao RNAt, pedindo que os ribossomos insiram uma
sequência aleatória de aminoácidos na cadeia de proteínas. Esse processo parece
ser parte de uma “reciclagem” que ocorre quando existe uma falha no processo de
construção de uma proteína.
Quando um erro é introduzido na cadeia de
aminoácidos, os ribossomos param de trabalhar e chamam um grupo de proteínas
que fazem um controle de qualidade, incluíndo o Rcq2.
Ao observar esse processo, os pesquisadores
perceberam que o Rqc2 se liga ao RNAt e pede que ele insira uma sequência
aleatória de dois aminoácidos dentro da cadeia de 20 aminoácidos. Os
pesquisadores acreditam que o comportamento do Rqc2 possa ser um fator
essencial para manter o organismo livre de proteínas defeituosas.
É possível que ele seja o responsável pela
marcação das proteínas que devem ser destruídas pelo organismo, e que a inserção
da cadeia de aminoácidos com erro possa ser apenas um teste para definir se o
ribossomo está trabalhando corretamente.
A ciência já sabe que pessoas com doenças
como Mal de Alzheimer, por exemplo, possuem defeitos nesse “controle de
qualidade de proteínas”.
Entender as condições exatas nas quais o Rqc2
é ativado, e porque ele não é acionado em alguns momentos, é o próximo passo
nessa pesquisa, que poderá ser importante no desenvolvimento de novos
tratamentos para doenças degenerativas.
(Info e Science,
via Raciocínio Cristão)
Nota do blog Raciocínio Cristão: “Será que esse
'controle de qualidade molecular e automático' presente no ser humano
é resultado de um processo acidental do acaso e do tempo? Ou seria um projeto
de criação elaborado pelo Arquiteto da vida?”