quinta-feira, setembro 24, 2015

O incrível design inteligente do leite materno

Tudo planejado
[Meus comentários seguem entre colchetes. – MB] Você provavelmente já ouviu falar que o leite materno é incrível. Médicos, nutricionistas, revistas, blogs e até mesmo estranhos adoram informar uma mulher grávida de todos os milhões de benefícios da amamentação que, aliás, diversas pesquisas científicas já confirmaram. O engraçado é que, apesar de tudo isso, os estudiosos ainda estão tentando entender exatamente como esse líquido mágico funciona. Ninguém discute o valor nutricional do leite materno. É um fato dado que ele possui tudo que seu bebê precisa nos primeiros anos de vida. Nem água é necessário dar a um recém-nascido, visto que o leite materno hidrata. No entanto, a amamentação é mais do que um alimento: pode ser um medicamento potente e um poderoso meio de comunicação entre as mães e seus bebês. Como? Ao que tudo indica, o sistema imunológico do bebê de fato conversa com o da mãe por meio dos mamilos.
Nada disso é de espantar, visto que as mulheres têm desenvolvido esse sistema por [supostos] 300 milhões de anos [e o milagre mais uma vez é atribuído à evolução cega!].

Sabia que seu leite lentamente se personaliza às necessidades do seu bebê, “recalibrando” sua composição para levar em conta sua idade e até mesmo a temperatura exterior (em um clima mais quente, adiciona mais água para hidratar o bebê de forma mais eficaz, por exemplo)? É, o leite materno é algo muito complexo. A matéria de Angela Garbes no site The Stranger ajuda a entendermos um pouco melhor como ele age. Garbes entrevistou Katie Hinde, bióloga evolucionista que possui um blog sobre amamentação. [E mesmo com toda essa complexidade que depende de informação complexa e específica, há quem consiga acreditar contra todas as evidências que processos evolutivos cegos seriam capazes de dar origem a esse mecanismo.]

De acordo com Hinde, quando um bebê mama no peito da sua mãe, um “vácuo” é criado. Dentro desse vácuo, a saliva do bebê é sugada pelo mamilo da mãe, onde os receptores em sua glândula mamária leem seus sinais [sensores químicos surgem do nada?]. A saliva contém informações sobre o estado imunológico do bebê. Tudo o que os cientistas sabem sobre a fisiologia indica que essa troca de saliva é uma das coisas que o leite materno usa para ajustar sua composição imunológica. Se os receptores da glândula mamária detectam a presença de patógenos, eles obrigam o corpo da mãe a produzir anticorpos para combatê-lo, e esses anticorpos viajam através do leite materno de volta para o corpo do bebê, protegendo-o, por exemplo, de infecções.

Como você pode imaginar, por esta e muitas outras razões, o leite materno é de grande interesse para os cientistas em áreas como microbiologia e química dos alimentos.

Quando entendemos a forma como a amamentação funciona, todos os seus benefícios ficam ainda mais evidentes. Já que seus componentes nutricionais e imunológicos mudam todos os dias de acordo com as necessidades específicas individuais da criança, não é de admirar que seja atribuído ao leite materno todo o tipo de vantagens, incluindo um QI mais alto e menor taxa de obesidade.


Nota: Se um mecanismo de tamanha complexidade como esse fosse desenvolvido pelo ser humano, seus criadores seriam aclamados como tremendamente inteligentes. [MB]

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