Muito barulho por pouco |
A
Agência Espacial Americana (Nasa) fez barulho na manhã da segunda-feira, dia 28
de setembro, prometendo revelar uma informação bombástica relacionada com o
planeta Marte. Ficamos na expectativa. Pouco antes do meio-dia, seria convocada
uma coletiva de imprensa. Teriam finalmente descoberto formas de vida no
planeta vermelho – o grande objetivo das pesquisas feitas lá pelos robozinhos motorizados?
Teriam finalmente tropeçado na prova de que existiriam marcianos? Seria água em
forma líquida? Minutos depois da coletiva, a informação já ganhava o mundo por
meio dos portais de informação: a Nasa havia descoberto salmouras em Marte. Mas
nem disso podia ter certeza. São indícios. Só isso. Mas por que, então, tanto
alarde? Já falo sobre isso. Primeiro vamos comentar a descoberta em si.
Nas
fotos divulgadas pela agência, aparecem “linhas de encosta recorrentes” –
faixas estreitas, com menos de cinco metros de largura, que aparecem durante as
estações quentes em certas regiões marcianas. Conforme informação do site G1,
as linhas se alongam durante algum tempo e depois encolhem nas estações frias.
“Cientistas não conseguiam confirmar a natureza do fenômeno, porque a resolução
das imagens das melhores sondas no planeta não permitia fazer imagens nítidas
de estruturas tão estreitas. A hipótese de que as linhas observadas eram
salmoura líquida saiu das temperaturas registradas no local no verão marciano,
acima de -23 °C. Água com alta concentração de sal, com ponto de derretimento
mais baixo, pode existir na forma líquida nessa faixa de temperatura”, explica
a matéria no site. [Continue lendo.]
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