segunda-feira, setembro 20, 2010

O X-Club de Darwin

Quem foram as pessoas que verdadeiramente mais contribuíram na construção do darwinismo e na sua imposição como “teoria científica”? Será realmente que se pode atribuir a Darwin o principal mérito em idealizar o conceito de Seleção Natural como uma força onipotente capaz de reger os destinos dos seres vivos? O que leva muita gente a comparar a Teoria da Evolução com a Teoria da Relatividade ou com a Lei da Gravitação Universal? Como explicar que Darwin seja considerado um gênio da ciência e sua obra A Origem das Espécies a maior contribuição científica da história da humanidade? Para R. M. Young e Bernard Shaw, o êxito do darwinismo poderia ser atribuído às funestas ideias de Thomas Malthus e Herbert Spencer, as quais serviram para justificar as condições coloniais e sociais da época. Todavia, como bem o disse Maximo Sandin, em uma de suas entrevistas, tal constatação apenas corrobora seu êxito social, porém não explica sua ascensão como “teoria científica”.

É aqui que entram outros nomes, e o principal deles diz respeito a Thomas Huxley, o famoso “Bulldog de Darwin”. Ele, Joseph Dalton Hooker, John Tindall, entre outros, controlaram durante décadas a Royal Society. Huxley foi presidente da Geological Society, da Ethnological Society, da British Association for the Advancement of Science, da Marine Biological Association e da própria Royal Society.

Esse grupo, também chamado “X-Club”, deliberava sobre tudo, de pescarias a enfermidades, e tinha por objetivo “promover o darwinismo e o liberalismo científico”. A revista Nature também surgiu por obra de Huxley e Hooker, o que explica a postura ideológica desse periódico nos dias de hoje. Tudo isso combinado dá sentido às razões pelas quais o zoólogo evolucionista St. George Mivart, um crítico contundente da Seleção Natural, ter sido silenciado.

Foi com a dedicada colaboração do “X-Club” que Darwin se tornou membro da mais importante das sociedades científicas. E já com seu nome ideologicamente erigido, foi ele sepultado com todas as pompas na Abadia de Westminster, onde apenas cinco pessoas pertencentes à nobreza foram enterradas.

Tais fatos nos levam a concluir que o darwinismo não foi assim obra direta de Darwin. Em vez disso, originou-se de um conjunto de objetivos idealizados e postos em prática pelas classes dominantes, a elite inglesa, que, ostentando grande poder e influência social, fez de Darwin seu grande motivo e pretexto. Não fora isso, seria difícil compreender como uma ideologia assim tão escancarada se fez passar por legítima ciência, e dessa forma permanecer até os dias de hoje.

(Humor Darwinista)