quarta-feira, setembro 29, 2010

Pessoas que abandonam a religião têm pior saúde

As pessoas que abandonam sua religião são mais propensas a classificar sua saúde como ruim, comparadas àquelas que participam de grupos religiosos mais rígidos, segundo recente estudo da Universidade do Estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, alguns estudos já vêm demonstrando os benefícios para a saúde da participação em atividades religiosas, e a nova pesquisa indica que abandonar um grupo religioso rígido pode ter influência negativa na percepção da saúde. Avaliando dados de mais de 30 mil pessoas, colhidos em diversas pesquisas sociais realizadas entre os anos de 1972 e 2006, os pesquisadores descobriram que 40% das pessoas que participavam de grupos religiosos rígidos classificavam sua saúde como excelente, com essa taxa caindo para 25% entre as pessoas que trocaram de religião e para apenas 20% entre aquelas que largaram completamente os grupos religiosos. E os resultados indicaram, ainda, que as pessoas que participavam de grupos mais rígidos tinham percepção mais positiva da própria saúde do que aqueles que eram membros de outros grupos mais liberais.

Segundo os pesquisadores, as religiões consideradas mais rígidas seriam aquelas que impõem normas sociais, morais e físicas mais firmes para seus membros, incluindo a proibição a comportamentos prejudiciais à saúde, como o consumo de álcool e o hábito de fumar. E essas regras, aliadas à existência de maior apoio social formal e informal nessas religiões, poderiam ajudar a explicar a melhor percepção da saúde por parte dos membros desses grupos.

“A solidariedade e o apoio social podem ter benefícios psicológicos. E isso poderia levar a certos benefícios para a saúde”, explicou o pesquisador Christopher Scheitle, que coordenou o estudo. Além disso, segundo o especialista, o fato de sair de um grupo religioso pode ser estressante, porque, nesses casos, as pessoas geralmente perdem sua rede de apoio social.

(PennState News Source, 22 de setembro de 2010)