segunda-feira, março 26, 2012

Belugas e narvais: adaptação recente a águas frias

As baleias belugas e os narvais vivem somente em águas geladas do Ártico e subártico. Agora, os cientistas descreveram uma espécie ancestral que vivia em águas temperadas entre 3 milhões e 4 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista]. A descoberta, publicada no periódico científico Journal of Vertebrate Paleontology, pode indicar que as belugas e os narvais se adaptaram a águas frias mais recentemente. A espécie ancestral foi descrita pelos cientistas a partir de um crânio completo encontrado em 1969 na Virgínia, nos Estados Unidos. Eles fizeram comparações anatômicas do fóssil com esqueletos de belugas e confirmaram que se tratava de uma nova espécie de baleia sem dentes – o grupo das belugas. O animal, que recebeu o nome de Bohaskaia monodontoides, vivia no clima temperado da Virgínia.

“As belugas e os narvais são encontradas somente no Ártico e subártico, apesar de que os registros de fósseis mais antigos terem sido encontrados em regiões tropicais e temperadas”, afirmou Nicholas Pyenson, geólogo que fez parte da pesquisa, em material de divulgação. “Para obter evidências sobre quando e como as belugas e os narvais se adaptaram ao Ártico, nós precisaremos buscar respostas em tempos mais recentes.”

Nota: As belugas e os narvais se adaptaram “mais recentemente” às águas geladas pelo simples fato de que, antes do dilúvio e das alterações climáticas decorrentes dessa catástrofe, essas águas provavelmente não existissem. A verdade é que, no mundo pós-diluviano, muitas espécies acabaram sofrendo microevoluções e passaram pelo “pente-fino” da seleção natural. Os sobreviventes (mais capazes de sobreviver às mudanças e ao meio em que se fixaram) estão aí para contar a história, mas continuam sendo versões modificadas dos mesmos animais ancestrais, o que contraria a tese macroevolutiva. Belugas e narvais se adaptaram às águas geladas, mas continuam sendo belugas e narvais, mais ou menos como as bactérias que adquirem resistência a antibióticos, mas não deixam de ser bactérias.[MB]