Muitas
espécies de mamíferos carnívoros perderam a capacidade de sentir sabor doce,
devido à evolução de sua dieta consistente em comer carne exclusivamente,
revelou um estudo divulgado nesta segunda-feira (12). Estudos anteriores já
tinham demonstrado que os gatos selvagens e domésticos que se alimentam só de
carne são incapazes de perceber o sabor doce devido a um defeito em seus genes.
A partir disso, cientistas do Instituto Monell na Filadélfia (Pensilvânia,
leste) e da Universidade de Zurique, na Suíça, decidiram investigar se outros
mamíferos que se alimentam de carne e peixe tampouco percebiam o sabor doce. Para
isso, estudaram os genes dos receptores do gosto adocicado em 12 espécies de mamíferos.
E, para sua surpresa, descobriram que a percepção do doce tinha desaparecido em
muitas espécies carnívoras.
“Pensava-se
que o sabor doce fosse um traço universal nos animais. Que a evolução tenha levado de forma independente espécies tão diferentes
a perdê-lo foi muito inesperado”, disse Gary Beauchamp, autor principal do
estudo publicado na edição online das Atas
da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos (PNAS).
Assim, a preservação do receptor do sabor doce está estreitamente relacionada com os hábitos alimentares dos animais. Entre os leões marinhos, o lobo-marinho antártico, as focas comuns, as lontras anãs orientais ou as hienas-malhadas, espécies exclusivamente carnívoras, os genes que controlam o receptor do sabor doce eram defeituosos, acrescentou o estudo. Ao contrário, esse receptor foi encontrado intacto no lobo terrestre, no urso de óculos, no guaxinim e no lobo-vermelho, todas espécies carnívoras que também comem outro tipo de alimentos, especialmente doces.
Assim, a preservação do receptor do sabor doce está estreitamente relacionada com os hábitos alimentares dos animais. Entre os leões marinhos, o lobo-marinho antártico, as focas comuns, as lontras anãs orientais ou as hienas-malhadas, espécies exclusivamente carnívoras, os genes que controlam o receptor do sabor doce eram defeituosos, acrescentou o estudo. Ao contrário, esse receptor foi encontrado intacto no lobo terrestre, no urso de óculos, no guaxinim e no lobo-vermelho, todas espécies carnívoras que também comem outro tipo de alimentos, especialmente doces.
A
descoberta sugere que a perda da capacidade de perceber o sabor adocicado
ocorreu ao longo da evolução, mostrando a importância das dietas exclusivas na
estrutura e função do sistema sensorial dos animais, afirmaram os
pesquisadores.
Também
examinaram os genes dos receptores do sabor doce e “umami” (gosto de carne) -
dois dos cinco sabores básicos - em dois mamíferos marinhos que [segundo a
hipótese evolucionista] originalmente viviam na terra: os leões marinhos e os
golfinhos nariz-de-garrafa. Esses animais foram escolhidos porque engolem a
comida, o que sugere que o gosto não é importante na escolha dos alimentos.
Como
se esperava, a perda de sabor estava muito disseminada nos dois mamíferos. Os
genes da ativação dos receptores para o sabor doce e o sabor “umami” não
funcionavam nos dois. Além disso, os genes responsáveis pelo gosto amargo
estavam inativos nos golfinhos.
“Esse
estudo mostra claramente que os receptores do sabor na cavidade bucal não são
necessários para a sobrevivência de algumas espécies”, concluiu Peihua Jiang,
do Instituto Monell.
Nota:
Na verdade, a maior dificuldade é explicar como espécies tão diferentes tenham
“evoluído” a mesma capacidade gustativa (assim como espécies totalmente
diferentes “evoluíram” o voo, a visão e outras capacidades e órgãos similares).
A perda é o que os criacionistas sempre tem dito: involução. Note que, na
natureza, observando espécimes vivos, os cientistas sempre notam perda de informação,
desativação de genes e coisas do tipo. Para afirmar que a macroevolução é um
fato, os darwinistas sempre têm que apelar para os fósseis e muita, muita
especulação. Os fatos sempre apontam para a “evolução negativa”, ou seja, perda
de estatura, capacidades e complexidade.[MB]