Uma
pesquisa publicada nesta quarta-feira (29) pela revista Nature traz uma análise da floresta fossilizada mais antiga do
mundo. É uma área de cerca de 1,2 mil metros quadrados, situada no estado
norte-americano de Nova York, onde viveram árvores bem diferentes das que
existem hoje em dia. O estudo revelou uma diversidade de espécies maior do que
se imaginava e trouxe novos e importantes dados sobre a evolução das plantas. Na
década de 1920, foram descobertos pedaços de tronco fossilizados na escavação
de uma pedreira, de onde se retiravam rochas para a construção de uma barragem.
Esse fóssil – chamado de árvore de Gilboa, que era o nome da barragem – foi retirado
e a pedreira foi preenchida novamente com terra.
Até
recentemente, essas peças de museu eram a única fonte de informações dos
cientistas. Em 2010, obras de manutenção da represa abriram a área novamente, e
permitiram o trabalho da equipe na região, que levou ao mapeamento da floresta
pré-histórica.
Quando
os pesquisadores conseguiram fazer essa análise, descobriram que a floresta não
tinha apenas as árvores de Gilboa. Além dessas árvores de grande porte –
semelhantes a palmeiras –, eles encontraram outras duas espécies menores no
entorno, o que foi uma surpresa.
“Tudo
isso demonstra que a ‘floresta mais antiga’ em Gilboa era muito mais complexa
ecologicamente do que suspeitávamos, e provavelmente continha mais carbono na
madeira do que sabíamos antes. Isso permitirá uma especulação mais refinada
sobre a maneira como a evolução das florestas mudou a Terra”, afirmou Chris
Berry, um dos autores do estudo, em material divulgado pela Universidade de
Cardiff, no País de Gales, onde ele trabalha.
Nota:
Florestas mais abundantes e com árvores de grande porte no passado anterior ao
dilúvio (provavelmente a explicação para a fossilização
em massa dessas vastas florestas) são previstas pelo modelo criacionista.[MB]