[...] Perto da conclusão de seu
sermão [no Sétimo Encontro Mundial de Família, em Milão, Itália, no último dia
3], o Papa falou sobre o impacto devastador que as teorias econômicas modernas
baseadas em um “conceito utilitarista do trabalho, da produção e do mercado”
podem ter sobre a família. Tanto o plano de Deus quanto a experiência,
declarou ele, mostra que essa “lógica unilateral de lucro máximo e puramente
utilitária” não contribui para o bem da pessoa, da família ou da sociedade. “De fato, a mentalidade
utilitarista tende a ter um efeito adverso sobre as relações pessoais e
familiares, reduzindo-as a uma convergência frágil de interesses individuais e
minando a solidez do tecido social.” Uma das maneiras pelas quais as famílias
cristãs podem combater essa tendência é garantir que elas guardem o domingo como um dia especial para a família a cada semana.
O domingo deve ser um dia “do homem e de seus valores”, separado para a “convivência,
amizade, solidariedade, cultura, proximidade com a natureza, brincadeiras,
esportes”, disse o Papa.
“Queridas famílias, a despeito do
ritmo incessante do mundo moderno, não
percam o sentido do Dia do Senhor! Ele é como um oásis onde paramos, a fim
de saborear a alegria do encontro com Deus e saciar nossa sede dEle.” [...]
Nota: O dia bíblico do Senhor é o sábado do sétimo dia, e não o
primeiro dia da semana (clique aqui para ter
mais informações). Em sua cruzada para impor o domingo como dia de repouso, o
papa vem se valendo de argumentos simpáticos, como a defesa do meio ambiente e a ajuda para resolver a crise econômica e moral da
humanidade. Evidentemente que essas são causas nobres que merecem apoio, mas a
maneira como se pretende que elas sejam levadas a cabo acabará excluindo uns
poucos que “obedecem aos mandamentos de Deus e se mantêm fiéis ao testemunho de
Jesus” (Ap 12:17). Esses seguidores de Jesus, por não
aceitarem a santificação de um dia comum da semana, infelizmente serão mal
compreendidos e vistos como inimigos da ordem e da paz - fundamentalistas, criacionistas fanáticos, e por aí vai. Quem viver verá.[MB]