quarta-feira, junho 13, 2012

O acriticismo sobre Prometheus

Segundo resenha escrita por Isabela Boscov e publicada na revista Veja desta semana, a nova sensação em termos de filmes de ficção científica é “Prometheus”, do diretor Ridley Scott (o mesmo do clássico de ficção/terror “Alien”). Boscov diz que “a ideia de homens que detêm um poder divino, maior do que si próprios, está assim no centro da trama – e, por consequência, também a ideia do homem como criado à semelhança de um ser superior. A missão da [nave] Prometheus é chegar a uma lua distante de onde, supõem os cientistas Elizabeth Shaw e Charlie Holloway [...], teriam vindo os humanoides criadores – no sentido genético do termo – da humanidade na Terra. Ao desembarcarem, porém, encontram apenas os restos mortais desses seres e as ruínas de suas edificações”. Mais adiante, ela escreve também: “...como deuses, os seres que deixaram na Terra seu DNA são, assim como ele mesmo [um robô da história], desastrosamente mal talhados para o papel.”

Na avaliação do amigo jornalista e professor Ruben Holdorf, esse é “mais um produto hollywoodiano disposto a distorcer a origem do ser humano. Interessante que, nesse caso, a crítica midiática e os apologistas da ‘ciência’ se tornam acríticos”.

O título da matéria de Veja é “O mito da criação”. De fato, é mais um mito que ajuda a reforçar a ideia de que a humanidade pode ter surgido de qualquer lugar ou mesmo a partir do nada. Somente a crença no Deus Criador Todo-poderoso é considerada, de fato, mitológica por aqueles que O renegam (leia Romanos 1). Pelo visto, a onda Eram os Deuses Astronautas ainda tem muita força.[MB]