sexta-feira, maio 02, 2008

Brabourne e o sábado

Um destacado dissidente que também foi convencido da verdade do sábado foi Teófilo Brabourne. Em 1650, ele pastoreou uma igreja que guardava o sábado. Para quem dizia que essa prática significava voltar ao judaísmo, Brabourne perguntava: “Você vai rejeitar o evangelho porque ele foi dado primeiramente aos judeus? Por que, então, rejeita o sábado por ele ter sido dado aos judeus?” Dessa forma, ele vinculava, habilidosamente, o evangelho ao sábado.

Aos que argumentavam que o sábado fora substituído pelo primeiro dia, em honra à ressurreição de Cristo, Brabourne mostrava algo que Jesus dissera pouco antes de ascender ao Céu, referindo-Se a um tempo de perseguição que sobreviria aos discípulos: “Orai para que a vossa fuga não se dê no inverno, nem no sábado.” Mat. 24:20. Brabourne concluiu que Cristo acreditava que Seus seguidores observariam o mesmo sábado que Ele observou. E escreveu: “Cristo permitiu que o sábado antigo se tornasse uma ordenança cristã na igreja durante todo o período dos evangelhos, depois da Sua morte.”

Muitos guardadores do sábado foram acusados de legalismo, de voltarem à lei cerimonial. Mas Brabourne demonstrou que essa prática não era mais legalista do que guardar o primeiro dia da semana. Era possível observar o sábado ou o domingo pelas razões erradas.

O sábado não é um símbolo de justificação pelas obras, mas de justificação pela fé. Descansamos no sábado, simbolizando que não podemos salvar-nos a nós mesmos. Descansamos no amor de Jesus, em Seu cuidado, em Sua salvação, “porque aquele que entrou no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das Suas” (Heb. 4:10).

Quando, por iniciativa humana, o sábado divino é substituído por outro dia, esse dia é símbolo de justificação pelas obras. A salvação pelas obras substitui as obras de Deus pelas humanas. A justificação pela fé exalta a obra salvífica de Deus. [No próximo sábado], descanse no amor de Deus, em Sua salvação. O sábado proclama que existe graça suficiente para todos nós.

(Mark Finley, Meditações Diárias 2006, 1º de abril [Casa])