Deus é fiel

Estava me preparando para o concurso vestibular, ao mesmo tempo em que estudava a Bíblia com um jovem adventista. Relutei um pouco em aceitar e santificar o sábado. Pensava: “Se meu pai descobrir que faltarei todas as sextas à noite e sábados do meu curso pré-vestibular, ele não vai aceitar.” Era ele quem pagava o curso, e não era pouco.

Deixei a questão sob os cuidados de Deus e decidi observar o sábado como ordenam as Escrituras. Mas naquela semana as coisas pioraram. As matérias nas quais sempre tive maior dificuldade – Matemática e Física – foram transferidas para sexta à noite. Além disso, havia as aulas de sábado à tarde (inglês, por exemplo, era só nesse dia). Não assisti mais às aulas das matérias mencionadas, embora fizesse minha parte: estudava em casa.

O dia do vestibular se aproximava e eu sabia que havia colegas mais bem preparados que eu para disputar as 40 vagas do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina. Mas tinha a certeza de que Deus cuidava de tudo.

No dia 28 de dezembro de 1991 fui batizado na Igreja Adventista Central de Criciúma, SC, e, algumas semanas depois, recebi a boa notícia: fora aprovado – apenas eu e outra garota do pré-vestibular – para o curso de Jornalismo. Mas o mais interessante foi o fato de minha nota na prova de Matemática ter sido tão boa quanto a das demais matérias.

Hoje estou formado e trabalhando na Obra adventista, mas jamais esquecerei aquela prova do amor de Deus; prova de que Ele honra aqueles que lhe são fiéis.

Gosto de pensar que o sábado foi criado antes que houvesse o cansaço. Afinal, no sétimo dia da criação, antes da queda, tudo ainda era perfeito. Portanto, o sábado para mim é, antes que um descanso físico, um descanso espiritual. Uma pausa deleitosa a fim de dedicar tempo exclusivamente para o meu Amigo Jesus. Por isso, o sétimo dia está relacionado com a comunhão. Só apreciaremos realmente o dia do Senhor na medida em que amarmos de coração Àquele que o criou. “O sábado foi feito por causa do homem”; assim entendo que essas 24 horas sagradas são, acima de tudo, um presente de um Deus amor. E é um enorme prazer poder “desembrulhá-lo” a cada semana no pôr-do-sol. Obrigado, Senhor, pelo sábado!

Michelson Borges é jornalista e redator da Casa Publicadora Brasileira. É autor dos livros A História da Vida, Por Que Creio e Nos Bastidores da Mídia (www.cpb.com.br).

Nota: Se quiser conhecer mais detalhes sobre as experiências que minha esposa e eu passamos no processo de conhecer a Jesus e Sua Palavra, visite o e-book "...E Deus Nos Uniu".