terça-feira, junho 09, 2009

A busca da “perfeição”

Deu no G1: “A alegria de Bruna Felisberto em participar de um concurso que a colocou entre as 10 mulheres mais belas do Brasil foi ofuscada por problemas resultantes de sua própria busca por um corpo e um rosto ideais. Antes de participar do ‘Miss Brasil 2009’, no qual ela conseguiu o sexto lugar, Bruna passou por uma série de cirurgias plásticas que, segundo ela, modificaram seu rosto de forma diferente da que havia sido prometida. ‘Meu nariz ficou destruído e isso abalou tremendamente meu psicológico.’ Bruna, coroada Miss Rio Grande do Sul 2008, fez as primeiras intervenções em junho do ano passado, orientada por seu coordenador, o missólogo Evandro Hazzy. ‘Eu tinha acabado de vencer o concurso (regional) e queria ter o melhor desempenho no Miss Brasil, então confiei e resolvi fazer. Foi uma correria, porque a cirurgia foi feita não havia nem uma semana da final do Miss Rio Grande do Sul’, diz a gaúcha.”

A reportagem informa que Bruna fez uma rinoplastia (procedimento cirúrgico que corrige imperfeições no nariz), lipoescultura, inclusão de uma prótese de 325 ml de silicone nos seios, enxerto de gordura nas nádegas e na face, além de um lixamento no rosto, para corrigir marcas de acne. A miss ficou insatisfeita com os resultados e pensa em processar o cirurgião.

A moça já era bonita, tanto que venceu o concurso de miss em seu Estado. Mas foi em busca de uma beleza idealizada, insatisfeita com o que tinha. O que faz homens e mulheres seguirem por esse caminho? Por que nunca estão satisfeitos? Em grande parte, isso se deve à “perfeição” propalada pela mídia. O padrão de beleza inatingível e retocado pelo Photoshop ou mascarado pela maquiagem exibida na TV. A beleza natural não serve mais, assim como a vida “normal” se tornou enfadonha. Os seres humanos são eternos frustrados, pois estabelecem alvos impossíveis que nem mesmo eles podem atingir. A vida artificial em dia perde o retoque e o que sobra? Bons relacionamentos, cultura, espiritualidade não podem ser substituídos por exterioridades frívolas. Aqueles que escolhem fazer essa troca um dia recebem a conta, com juros e dividendos.

A Bíblia recomenda em 1 Pedro 3:3-4: “O enfeite delas não seja o exterior, no frisado dos cabelos, no uso de joias de ouro, na compostura de vestes, mas o homem encoberto no coração, no incorruptível traje de um espírito manso e quieto, que é precioso diante de Deus.”

A mansidão, a tranquilidade, o equilíbrio psíquico-físico-espiritual conferem à pessoa uma beleza incomparável e irretocável. Esse tipo de beleza aumenta com o tempo. Cirurgias plásticas podem resolver imperfeições (ou estragar o que já está bom) em questão de horas. Mas investir no bom caráter leva a vida toda. Só que a beleza exterior e as plásticas têm prazo de validade. O bom caráter dura para sempre.

Michelson Borges