sábado, junho 27, 2009

Pérolas de Chesterton (5)

"Houve muitos poemas panteístas sugerindo deslumbramento, mas nenhum bem-sucedido. O panteísta não pode deslumbrar-se, pois não pode louvar a Deus ou louvar o que quer que seja como sendo realmente distinto dele mesmo" (p. 219).

"Não existe uma possibilidade real de extrair do panteísmo nenhum impulso especial para ações morais. Pois o panteísmo implica, por sua natureza, que uma coisa é tão boa quanto outra; ao passo que a ação implica, por sua natureza, que uma coisa é muito preferível a outra" (p. 220).

"Se queremos reformas, devemos aderir à ortodoxia: especialmente nesta questão, a de insistir na divindade imanente ou na transcendente. Insistindo especialmente na imanência de Deus, temos instrospecção, auto-isolamento, quietismo, indiferença social - Tibete. Insistindo especialmente na transcendência de Deus, temos deslumbramento, curiosidade, aventura moral e política, indignação justa - cristianismo. Insistindo que Deus está no interior do homem, o homem está sempre no interior de si mesmo. Insistindo que Deus transcende o homem, o homem tem de transcender a si mesmo" (p. 221, 222).

Leia também: "Pérolas de Chesterton (4)"