Há alguns meses, foi publicado no Brasil o livro Deus, um Delírio, do maior expoente do ateísmo moderno, o biólogo Richard Dawkins. O que me preocupa em livros como o de Dawkins é a visão extremamente reducionista da realidade, como se tudo o que existe pudesse ser explicado pelo materialismo filosófico.
Ariel Roth, no livro Origens, sustenta que "a verdade precisa ser buscada, e devia fazer sentido em todos os campos. Devido a ser tão ampla, a verdade abrange toda a realidade; e nossos esforços para encontrá-la deveriam também ser amplos".
Deus, um Delírio é, sem dúvida, uma obra panfletária, na qual o autor destila todo o seu ódio à religião. Conheço ateus mais sensatos que se disseram "embaraçados" com a publicação desse novo livro do "devoto de Darwin". Aliás, esse apelido dado a Dawkins pela Veja torna-se ainda mais apropriado quando se lê Deus, um Delírio. Isso é coisa de devoto fundamentalista que acha que a única visão de mundo correta é a sua.
Para o ex-ateu Alister McGrath, também professor em Oxford, como Dawkins, e autor de O Delírio de Dawkins, a estridência das afirmações contidas no livro do biólogo apenas mascara os argumentos gastos, fracos e reciclados. [Leia mais]