sexta-feira, maio 02, 2008

Bobagem ideológica

Marcelo Gleiser no seu artigo "Ateísmo (menos) radical", publicado no caderno "Mais" da Folha de S. Paulo, de 3 de dezembro, afirmou que ele batalha "contra a disseminação de crenças anticientíficas absurdas como o design inteligente e o criacionismo na mídia". Acho que Gleiser, míope que é [não usa óculos por razões estéticas do padrão Globeleza], está enxergando chifre em cabeça de cavalo ou penteando ovo: onde que está ocorrendo este fenômeno gleiseriano de "disseminação" do DI e do criacionismo na Grande Mídia Tupiniquim (GMT)?

O que existe, na verdade, desde 1998, é uma indisposição descarada e escancarada da Folha de S. Paulo e de toda a GMT contra a TDI e os criacionistas, por razões ideológicas dos editores de ciência e formadores de opinião – a maioria composta por ateus e agnósticos. Geralmente eles polarizam do alto de suas torres de marfim o questionamento de teorias científicas "queridas" e que dão "conforto espiritual" a esses materialistas filosóficos [ateus e agnósticos] como partindo de pessoas que nada entendem de ciência e demonizando os oponentes como "criacionistas" e/ou "fundamentalistas". Mesmo que suas críticas sejam cientificamente fundamentadas.

Marcelo Gleiser é um cientista repudiado por muitos cientistas no Brasil. Ele já tentou ser aceito num certo grupo, mas essa turma o rejeita pela sua falta de conhecimento na sua área – Física - e em outras áreas científicas onde ele "pontifica ex-cathedra" na sua coluna da Folha. Gleiser finge não saber disso. Pensar que eu enviei um e-mail para a direção da FSP para mantê-lo como colunista... Mas eu não me arrependo, pois vai ser bom acompanhar a estultícia de sua metafísica.

O design inteligente não é uma "crença anticientífica absurda", como deixou patente o nosso "Carl Sagan" tupiniquim. A TDI afirma que certos eventos no Universo são melhor explicados por causas inteligentes. Essas causas inteligentes são empiricamente detectadas na natureza quando encontramos "complexidade irredutível" em sistemas biológicos (Michael Behe, A Caixa Preta de Darwin, Zahar, 1997) e informação complexa especificada (William Dembski, The Design Inference, Cambridge, Cambridge University Press, 2000).

Gleiser, cientista, deveria demonstrar se o DI é uma "crença anticientífica absurda" ou uma teoria científica. Ele não fará isso, nem o resto da Nomenklatura científica mesmerizada pelo naturalismo filosófico que posa como sendo o "método científico"; fazendo isso, eles estarão reconhecendo publicamente o status de cientificidade da TDI: pode ser falseada (Popper).

O "estrabismo epistemológico" de Gleiser et al não permite que eles vejam "design" porque seus óculos [oops, por razões estéticas do padrão Globeleza para parecer mais jovem, ele usa lentes coloridas] são fortemente influenciados pela Weltanschauung materialista de acaso, necessidade, tempo e causas naturais. Esse "cinturão de blindagem epistemológica" não admite a existência de causas inteligentes na natureza.

A TDI, Marcelo Gleiser sabe disso, é uma teoria científica, e as evidências na natureza estão apontando para uma iminente e eminente mudança paradigmática (Kuhn) contrariando a cosmovisão estritamente materialista de Dawkins, Dennett e Harris. É por isso que eles estão reagindo rabiosamente. E até com uma posição "menas" radical...

Gleiser, "menas" bobagem ideológica, por favor!

(Do blog Desafiando a Nomenklatura Científica. Publicado com autorização)