sexta-feira, maio 02, 2008

Darwin errou?

Esse é o título de uma matéria publicada na revista Aventuras na História especial “Conspirações”. O texto é baseado no interessante livro A História Secreta da Raça Humana, de Michael Cremo e Richard Thompson. No livro, são analisadas descobertas arqueológicas não-convencionais e pouco divulgadas pela mídia, como o esqueleto e outros ossos com anatomia praticamente igual à de seres humanos modernos encontrados num sítio do período do Plioceno, que se supõe ter de 1,5 milhão a 5 milhões de anos. Os ossos foram descobertos numa vala na cidade italiana de Castenedolo, na década de 1860. “Esse é um exemplo bem documentado de restos humanos totalmente anômalos, numa época em que os cientistas supõem que eles seriam impossíveis”, diz um dos autores.

Outra evidência apontada pelo livro: em 1849, operários de uma mina de ouro na Califórnia encontraram ferramentas mais avançadas, como pontas de lança e pedras de amolar, em leitos de cascalho localizados dezenas de metros abaixo das rochas. A idade dos cascalhos variava de 9 milhões a 55 milhões de anos [sic], ou seja, um tempo muito anterior ao “surgimento” de uma criatura capaz de fabricar ferramentas, segundo a concepção evolucionista.

A matéria menciona ainda casos mais extremos levantados pelos pesquisadores americanos. Em 1844, um cordão de ouro foi encontrado a 2,40 metros para dentro de uma rocha, que estava sendo removida por operários em Dorchester, Inglaterra. Em 1985, a pedra teria sido datada como sendo do período Carbonífero Primitivo – entre 320 milhões e 362 milhões de anos de idade [sic]. Para Cremo e Thompson, essa é apenas mais uma evidência subestimada. [Para mim, tem tudo a ver com o dilúvio de Gênesis.]

Na África, na década de 1980, foi encontrada uma esfera de metal, perfeitamente redonda, com três listras paralelas sulcadas em baixo-relevo. Ela estava num depósito mineral que teria cerca de 2,8 bilhões de anos [sic]. [Mais uma indicação de que a raça humana era tremendamente capaz no início da história deste mundo, conforme sustenta a Bíblia.]

A certa altura da matéria, o preconceito comum da mídia contra o criacionismo aflora: “Desde que Darwin contrariou a idéia da criação divina e enquadrou o homem dentro da sua teoria da evolução, a discussão ficou polarizada entre criacionistas de um lado e cientistas de outro – crença contra evidência.” [Como se não houvesse cientistas criacionistas e as evidências só pertencessem aos evolucionistas. Isso não corresponde à realidade.]

Para Cremo e Thompson, os cientistas teriam se apegado tão firmemente à teoria darwiniana que já não consideram nenhuma outra possibilidade, fazendo vista grossa para possíveis evidências que não estejam de acordo com sua “crença”. [Também seria bom lembrar que, se por um lado essas evidências que não se encaixam no molde evolucionista são descartadas, por outro, fraudes são facilmente aceitas, tamanha a vontade de validar um modelo aceito a priori. [Veja aqui um exemplo.]

Os autores lembram ainda que, se um pesquisador encontrar algum osso ou outro indício que vá contra a linha evolutiva, ou ele finge que não encontrou nada ou se prepara para todo tipo de represália velada: descrédito dos colegas, ameaças de demissão ou de corte de verbas e exclusão dos periódicos científicos. “A teoria da evolução teria se tornado uma questão de fé, ou a ciência não teria capacidade de lidar com novos fatos que contradizem teorias que atualmente são aceitas como verdadeiras”, conclui corretamente a matéria de Aventuras na História.

No fim do texto há uma pequena, mas interessante entrevista com Cremo. Quero destacar apenas três perguntas e as respectivas respostas do pesquisador:

Se a teoria de Darwin sobre a evolução humana tem tantas inconsistências, como ela conseguiu se tornar dominante?
Temos que considerar o que quer dizer “dominante”. Muitas pessoas não aceitam a teoria de Darwin. Há pesquisas do Instituto Gallup que mostram que boa parte dos americanos não acredita nela. A maioria dos cientistas, é claro, a aceita. Mas isso pode acontecer porque em muitos países as idéias alternativas não podem ser ensinadas nas escolas. Se apenas uma teoria é ensinada para os estudantes de ciências, é natural que ela se torne dominante.

Os senhores argumentam no livro que muitos cientistas ignoram as evidências anômalas apenas para manter a teoria da evolução do jeito como está. Isso vai diretamente contra o método científico. Por que eles fariam isso?
De certa maneira, é apenas a natureza humana. Por exemplo, se alguém lhe conta algo sobre uma pessoa que você ama que contraria o que você considera ser verdadeiro sobre ela, você não vai querer acreditar. Você pode até mesmo ficar bravo com quem estiver falando essas coisas. Os cientistas de hoje estão muito apaixonados pela teoria da evolução e é natural que se oponham a quem vai contra ela. Por outro lado, há a questão do poder. Há vários tipos de poder no mundo e o intelectual é um deles. Quem detém o poder quer mantê-lo. Num nível mais profundo, acredito que muitos cientistas que apóiam a evolução e os pressupostos materialistas envolvidos nela têm uma ideologia com implicações para a sociedade humana. Os objetivos que nos colocamos a longo prazo são determinados em grande parte a partir das respostas para “quem sou eu?” e “de onde eu vim?”. Com seu monopólio, os evolucionistas estão nos dando respostas bastante materialistas para essas questões. Logo, não é de se espantar que a civilização humana tenha se tornado materialista e absorta no processo de produção e consumo material.

O senhor se considera um cientista?
Não me vejo como cientista nem como religioso. Sou um ser humano procurando a verdade. E qualquer coisa que me ajude a encontrá-la, seja ciência, seja religião, é bem-vinda.