domingo, maio 04, 2008

Filosofia que toma conta do mundo

A espiritualidade moderna tem levado as pessoas de modo sutil a adorar a criatura em vez de ao Criador. Esse tipo de espiritualidade é a essência do paganismo: “Pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém!” (Romanos 1:25). O Dr. Peter Jones, teólogo e especialista em neo-paganismo, chama o paganismo moderno de monismo por causa da essência dessa religião (admite uma só realidade).

Ele aponta em seu livro Verdades do Evangelho X Mentiras Pagãs (Editora Cultura Cristã) cinco princípios do monismo que nos ajudam a identificá-lo, ao mesmo tempo em que nos fazem perceber como são opostos aos princípios bíblicos (teísmo). São eles:

1. Tudo é um e um é tudo. Não existe distinção entre a realidade do Criador e a realidade das criaturas. Homens, animais, pedras e árvores, tudo isso é Deus. Existe um princípio unificador da totalidade. O símbolo preferido do monismo é o círculo. A partir dessa idéia, o monismo pretende eliminar os opostos e as diferenças. Pelo fato de a Mãe Terra ser tudo, não devemos ver as coisas como contrárias, mas sim como lados distintos da mesma coisa.

2. A humanidade é uma. A humanidade é uma parte de Deus, uma expressão de divina unicidade. Os seres humanos são um tipo de energia cósmica concentrada, que cria sua própria realidade. São divinos e essencialmente bons. O ser humano está acima de qualquer autoridade e pode decidir a respeito de sua própria verdade. Por isso, a palavra mais valorizada pelos adeptos desse tipo de espiritualidade é “tolerância”.

3. Todas as religiões são uma. Todas as religiões compartilham uma experiência mística comum e nenhuma delas é detentora do único caminho para Deus. A união mística é uma questão irracional, por isso, o ser humano deve abdicar da razão e deixar de lado a doutrina, já que "somos parte do todo que é Deus".

4. A união mística pode ser alcançada eliminando todas as distinções. O monismo odeia aqueles que defendem uma realidade onde haja distinções, pois isso quebra a unidade do círculo. Por isso, empregam todas as energias para acabar com as distinções do tipo: Criador/criatura; Deus/homem; animais/seres humanos; certo/errado; vida/morte; Céu/inferno; Cristo/Satanás; pecado/santidade; Bíblia/outras escrituras; ortodoxia/heresia; masculino/feminino; cristanismo/paganismo; família tradicional/família alternativa; autoridade/obediência. Para o monismo, o fim de todas essas diferenças (sexo, posição e doutrina) faz sentido.

5. A salvação consiste em olhar para dentro de si mesmo. Quando são transpostas as limitações da mente, também são transpostas as definições de certo e errado. Experiências místicas subjetivas se tornam o ideal da espiritualidade. Para isso, o ser humano deve acreditar na sua própria capacidade e no seu poder, e deixar a culpa de lado.

Podemos perceber como esses pressupostos pagãos estão não só presentes na atual sociedade como têm até mesmo transformado a maneira de pensar da cultura ocidental (cristã). Muitos têm assimilado inconscientemente em sua vida esses pressupostos. Uma prova disso está no movimento pró-homossexualismo, que vem sendo promovido no mundo inteiro, impulsionado inclusive por uma visão monista que defende o fim das diferenças masculino/feminino. (Para saber mais leia aqui e aqui) Quando assistir desenhos da Disney como “O Rei Leão” ou “Pocahontas”, observe esses princípios pagãos sendo ensinados para a próxima geração.

Esta geração de cristãos tem a responsabilidade de desmascarar o paganismo em todas as suas formas e apontar o teísmo bíblico como o melhor caminho para a felicidade e a salvação do mundo. E isso pode ser alcançado não só com palavras mas também com ações.

“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as” (Efésios 5:11).

(Pastor Sérgio Santeli, mantenedor do blog Minuto Profético)