terça-feira, abril 09, 2013

A Batalha de Toda Mulher

Recentemente, recebi um convite inusitado para apresentar uma palestra num encontro de mulheres e falar-lhes a respeito da influência da mídia especialmente na vida delas (a apresentação em Prezi está aqui). Aceitei o convite e me pus a pesquisar e ler alguns livros. Lembrei-me de que, alguns anos atrás, havia lido o livro A Batalha de Todo Homem e sabia que a mesma editora havia lançado o A Batalha de Toda Mulher. Então resolvi comprá-lo e lê-lo. E posso dizer que o livro é tão bom quanto a versão para o segmento masculino e que toda mulher realmente devia lê-lo (minha esposa também já leu).

Shannon Ethridge (à semelhança do que fez Stephen Arterburn em seu livro para os homens), “abre o jogo” e fala alguma coisa de seu passado pouco recomendável e de suas lutas no campo da pureza sexual. Por isso mesmo o livro é bastante realista quanto aos perigos e efeitos da impureza e, principalmente, quanto à possibilidade de vencer por meio de Jesus.

O livro é dividido em três partes: “Compreendendo o lugar em que estamos” – trata da batalha das mulheres com seus pensamentos e sentimentos; “Esboçando uma nova defesa” – apresenta dicas de como guardar o coração e a mente; e “Abraçando a vitória na retirada” – fala sobre como ser vitoriosa sobre as tentações por meio de uma sólida relação com Deus.

Para a autora, um caso mental e/ou emocional (a que as mulheres estão mais sujeitas) afeta o casamento de um modo tão danoso quanto uma relação sexual. “Homens e mulheres lutam de formas diferentes quando se trata de integridade sexual”, explica Shannon. “Enquanto a batalha do homem começa com o que ele absorve com os olhos, a da mulher tem início no coração e nos pensamentos. O homem deve proteger seus olhos a fim de manter a integridade sexual, e pelo fato de Deus ter feito as mulheres mais estimuladas emocional e mentalmente, devemos proteger de perto nosso coração e mente tanto quanto nosso corpo, se desejarmos experimentar o plano de Deus para a satisfação sexual e emocional. A batalha da mulher é pela integridade sexual e emocional.”

O tema central do livro é a integridade sexual e como alcançá-la. Shannon adverte que casos emocionais, fantasias mentais e comparações pouco sadias (entre o cônjuge e outros homens) fazem a mulher cruzar a linha de segurança e corroer o plano de Deus para lhe conceder suprema satisfação sexual e emocional com o (atual ou futuro) marido. “Temos que fazer uma aliança com os olhos do nosso coração”, diz ela.

Shannon também adverte as leitoras para o poder que elas têm e que devem usar com sabedoria e prudência: “Ao descobrirmos, quando jovens, que nosso corpo curvilíneo ou rosto bonito faz a cabeça virar, isso desperta em nós uma forma de poder que talvez não conhecêssemos quando pré-adolescentes. Para algumas, esse poder intoxica... Talvez até a ponto de tornar-se um vício. Virar a cabeça de um garoto da mesma idade torna-se uma pequena emoção, enquanto levar um homem mais velho e mais importante a virar a cabeça infla em maior grau nosso ego. Quer seja o capitão do time de futebol, o professor da faculdade ou o chefe de um departamento no emprego, compartilhar do poder de pessoas importantes ao nos alinharmos com elas mediante um relacionamento nos confere um senso distorcido de significado” (p. 71).

Para Shannon, é extremamente importante que o pai supra a carência emocional das filhas e seu desejo de ser amadas, do contrário, muitas dessas meninas, inconscientemente, buscarão esse amor em relacionamentos insatisfatórios que farão com que sofram, quando o que queriam era o amor pelo qual ansiavam quando crianças.

Na parte do livro que trata de dominar os pensamentos, a autora aconselha: “Embora não seja humanamente possível esvaziar sua mente do lixo, é possível empurrar o lixo para o canto, enchendo a mente de pensamentos puros. Sua mente só pode se concentrar em um determinado número de coisas por vez, e quanto mais se concentra em pensamentos saudáveis, tanto mais seus pensamentos nocivos terão de ficar longe” (p. 102).

Shannon fala sobre o relacionamento apropriado com os homens, sobre vestuário, os riscos do sexo extraconjugal, etc., etc., e garante que uma relação de intimidade com Deus supre as carências afetivas e equilibra os sentimentos, dando à mulher liberdade para se relacionar de maneira apropriada com os homens e com seus pensamentos.

A Batalha de Toda Mulher é um livro que vale a pena ser lido por todas as mulheres que buscam a verdadeira satisfação sexual e emocional – aquela que pode ser abençoada por Deus.

Michelson Borges