terça-feira, abril 30, 2013

Cientistas criam pele inteligente que sente pressão

Uma equipe de cientistas dos Estados Unidos e da China criou um dispositivo semelhante a uma película que pode sentir pressão da mesma forma que a ponta de um dedo e que pode acelerar o desenvolvimento de uma pele artificial mais parecida com a humana. Os pesquisadores construíram uma série de oito mil transístores usando feixes de nanofios de óxido de zinco. Cada um dos transístores pode, de forma independente, produzir um sinal eletrônico quando submetido à pressão mecânica. Os transístores sensíveis ao toque, chamados de taxels, têm uma sensibilidade comparável à da ponta de um dedo humano. “Qualquer movimento, como o movimento dos braços ou dos dedos de um robô, pode ser traduzido para sinais de controle”, afirmou Zhong Lin Wang, professor no Instituto de Tecnologia do Estado americano da Geórgia, a Georgia Tech. “Isao pode tornar a película mais inteligente e mais parecida com a pele humana. Vai permitir que a película sinta a atividade em sua superfície”, acrescentou.

Cientistas têm tentado imitar o tato humano medindo mudanças na resistência provocadas por toque mecânico. Os dispositivos desenvolvidos pelos pesquisadores na Georgia Tech se baseiam em um fenômeno físico diferente, minúsculas mudanças na polarização quando materiais chamados piezoelétricos como o óxido de zinco são mudados de lugar ou colocados sob pressão.

A piezoeletricidade está relacionada essencialmente à corrente acumulada em certos materiais sólidos em resposta a estresse mecânico aplicado nesses materiais. A técnica só funciona em materiais que têm propriedades piezoelétricas e semicondutoras. Essas propriedades são observadas em nanofios e em certas películas finas.

“Essa é, fundamentalmente, uma nova tecnologia que nos permite controlar os dispositivos eletrônicos diretamente usando agitação mecânica”, afirmou Wang. “Isso pode ser usado em uma grande variedade de áreas, incluindo robótica, interface entre humanos e computadores e outras áreas que envolvem deformação mecânica”, acrescentou. A pesquisa foi publicada na revista especializada Science.


Nota: Que tal se o título da matéria acima fosse: “Cientistas inteligentes criam pele inteligente que copia pele natural muito mais inteligente, mas surgida por acaso”? Não faz sentido, né? Como já disse antes, ainda bem que o Criador não cobra royalties por Suas criações nem move processos por plágio. Os feitos humanos na área de tecnologia são realmente admiráveis, mas as pessoas deveriam também (e sobretudo) se maravilhar com o Deus que criou o ser humano capaz de criar.[MB]

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