quarta-feira, abril 24, 2013

Apocalipse zumbi e o desafio da camisinha

Duas notícias bizarras me chamaram a atenção hoje e me fizeram pensar em duas coisas: ou estou ficando realmente velho ou é o fim do mundo mesmo – bem, na verdade, são as duas coisas ao mesmo tempo.

A primeira notícia, veiculada no portal G1, informa que “dezenas de zumbis ‘invadiram’ o campus da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, na terça-feira (23), em um evento que, além de data e hora marcada, teve um objetivo nobre: testar os conhecimentos dos alunos da Escola de Saúde Pública da instituição sobre as técnicas de primeiros socorros e preparação para emergências. Segundo a professora da universidade, Eden Wells, os alunos matriculados na disciplina de epidemiologia e gestão de desastres na saúde pública foram forçados a pensar além dos planos típicos de preparação e resposta durante o exercício de ‘apocalipse zumbi’. [...] A ideia do treinamento é inspirada em um currículo desenhado pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), órgão do governo norte-americano. O CDC explica que o curso usa a preparação contra um ataque de zumbis para alcançar e engajar diversos públicos na necessidade de reagir a uma tragédia inesperada.” As autoridades norte-americanas (e até a Nasa) andam muito preocupadas com tragédias...

A outra notícia, publicada na seção “Bem Estar”, também do G1, trata da nova mania entre alguns jovens: aspirar preservativos pelo nariz e depois retirá-los pela boca (como se não bastassem os jovens que consomem álcool pelo reto e pela vagina). Segundo a matéria, “a brincadeira, identificada geralmente como ‘condom challenge’ (desafio da camisinha), é feita por adolescentes de diversos países, inclusive o Brasil”. [Mas] “especialistas em otorrinolaringologia desaconselharam a brincadeira e apontaram os riscos que ela pode trazer. Segundo eles, a prática pode causar desde uma sinusite grave até, em tese, a obstrução do pulmão, o que, em último caso, levaria o indivíduo à morte”.


Como disse, são notícias que me fazem sentir em outro planeta – diferente daquele dos meus tempos de jovem/adolescente. No meu tempo, também se faziam algumas “loucuras”, mas a moçada hoje está “se superando” – sem contar a violência gratuita que leva um assaltante a matar o assaltado, mesmo depois de ter levado dele o que queria (indício de que a vida está cada vez mais desvalorizada); o número crescente de estupros como “arma de guerra” e praticados até contra crianças; o aumento assombroso das doenças sexualmente transmissíveis e dos comportamentos de risco e imorais; e por aí vai. Pelo visto, só falta mesmo o “apocalipse zumbi”. Mas que o desfecho apocalíptico da história ocorra antes disso. Essa é a minha esperança.[MB]