Natasha divulga livro do guerrilheiro |
Saí [Rodrigo Constantino] para tomar um vinho. Só eu e minha esposa, em busca de sossego. Sem ficar
ligado na internet, claro. Chego em casa e vejo que há várias mensagens de
leitores alertando que a novela da Globo, “Amor à vida”, fez proselitismo
barato, indicando livro sobre Che Guevara. Penso comigo: “Lá vou eu...” Dá uma
preguiça... mas são ossos do ofício. Quer dizer, então, que Walcyr Carrasco
colocou em uma de suas personagens a propaganda de um livro enaltecendo o
assassino comunista? A tal da Natasha (foto), aquela ruiva bonita, indicou para
Thales, o escritor, um livro ótimo para saber como o guerrilheiro pensava?
Confirma, produção? Não vou entrar no mérito das distorções de valores dessa
novela em especial. O autor parece ter uma queda pelo bizarro e grotesco. Gente
que joga a própria sobrinha, ainda bebê, abandonada numa caçamba para morrer,
depois se redime, aprende a ser “bonzinho”. Bicha má o tempo todo é pedir
demais para o politicamente correto, não é mesmo? Há que ter redenção!
Fora
isso, tudo parece invertido. A coroa rica se apaixona pelo motorista, e a única
pessoa que levanta questões racionais tinha que ser uma total crápula que
maltrata a filha autista, logo acusada de preconceituosa. Aliás, a autista
conquista o coração de um advogado supostamente inteligente, balbuciando
algumas palavras soltas no ar (deve ser ótimo para as famílias com autistas de
verdade manter essa vã esperança).
Quase
todos são imorais ou indecentes, principalmente os ricos. Os homens são
bobalhões, facilmente enganados e manipulados. Empresário rico e legal? Ainda
estou para ver nas novelas. A chata (e linda) da Paloma é o ícone do
politicamente correto, e só pensa no social. Quem liga para o lucro? Ela não.
Isso é coisa do malvado egoísta e insensível, claro (calma que ainda dá tempo
de ele se redimir 100% e também abandonar esse foco mesquinho do hospital).
Enfim,
Walcyr Carrasco tem uma lente para observar o mundo bem diferente da minha.
Cada um na sua. Só não posso deixar passar em branco essa propaganda de Che
Guevara. Aí já é demais! Cruzou a linha do aceitável. Ultrapassou todos os
limites de tolerância do meu radar “esquerda caviar”.
Quer
indicar algo para as pessoas saberem quem foi Che Guevara, o que ele pensava e
o que fez? Então fica aqui a dica:
Que
fique bem claro: Che Guevara e amor à vida não se misturam, como água e óleo.
Se fosse amor aos fuzilamentos de inocentes, tudo bem. Mas à vida, jamais!
P.S.1:
Ao menos o autor escolheu uma boa personagem para dar a dica sobre Che, uma
moça que morou a vida toda nos Estados Unidos e só voltou ao Brasil de olho na
herança que tem a receber, e ainda dorme com o outro, traindo o namorado, por interesse.
Mais típico da esquerda caviar é impossível...
P.S.2.:
Só para constar, a quem interessar possa, Che pensava que gays tinham de ser
“curados” em campos de trabalho forçado, e Cuba sempre perseguiu os
homossexuais.
(Rodrigo Constantino,
Veja.com)