Roseli Goffman: "religiões brasileiras" |
Em meu último artigo denunciando a perseguição do Conselho
Federal de Psicologia (CFP) contra a Dra. Marisa Lobo, estava claro que o CFP
está cometendo bullying contra os
psicólogos brasileiros que testemunham de Cristo. Estava igualmente evidente
que o CFP não tem interesse nenhum em cometer o mesmo bullying contra psicólogos de outras religiões, especialmente as
religiões afro-brasileiras. Mas, se crermos nas declarações de Roseli Goffman
(foto), representante do CFP no Fórum Nacional pela Democratização da
Comunicação (FNDC), os tentáculos anticristãos do CFP não vão se restringir
apenas aos seus profissionais cristãos. Roseli disse: “Por transmitir programas
religiosos, emissoras de rádio e de televisão aberta estão desrespeitando a
Constituição Federal.” De acordo com a visão dela, o Artigo 19 da Constituição
Federal proíbe que o Estado, dono das concessões de rádio e TV, aceite a
transmissão de cultos ou programação cristã.
Em
contrapartida, ela se mostrou a favor de maior “representatividade das
religiões brasileiras”, que o FNDC interpretou como religiões afro-brasileiras.
Roseli Goffman deu a declaração em 6 de dezembro, durante audiência pública
organizada pelo Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro, sobre
intolerância religiosa nos meios de comunicação. Na gíria socialista, o termo
“intolerância religiosa” hoje significa “religião cristã opressora” versus “religiões afro-brasileiras
oprimidas”.
Na
ocasião, a psicóloga manifestou preocupação com cristãos usando as emissoras de
TV para conduzir o público à religião cristã. Roseli disse: “Não podemos deixar
que apenas o poder econômico defina como vai ser ocupado um espaço que é seu,
meu, dele, é público.” Para ela, mesmo pagando, o Cristianismo não deveria ter
espaço diferenciado nas programações e o ideal seria dividir igualmente os
espaços com todas as outras religiões.
Na
defesa de religiões como o candomblé e a umbanda, o pai-de-santo Ivanir dos
Santos, do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas, que atua há 25
anos para ampliar os espaços públicos do candomblé e da umbanda, reforçou que a
falta de pluralidade na mídia prejudica especialmente as religiões
afro-brasileiras. Para ele, a predominância cristã nas TVs e rádios é “uma
ameaça à pluralidade, à diversidade brasileira e aos direitos humanos”.
“A
intolerância ocorre pela ausência ou pela negação [das religiões
afro-brasileiras]. Tem uma emissora que não fala da gente nem amarrado, nem
quando fazemos grandes manifestações. Outras dão espaço para que nos ataquem”,
declarou ele. Ele lembrou que, como dono das concessões, o Estado deve se
posicionar, sem dar espaço para que cristãos tirem, mediante suas mensagens do
Evangelho, pessoas do candomblé, umbanda e outras religiões. Ele disse: “O
problema é fazer proselitismo no espaço público e atacar a liberdade do outro.”
A
preocupação do pai-de-santo é especialmente com o crescimento evangélico
representado por pentecostais e neopentecostais. Igrejas protestantes mais
tradicionais não têm sido problema para ele, que, aliás, tem uma união
excelente com o Rev. Marcos Amaral, da Igreja Presbiteriana do Brasil.
Essa união tem se dado em prol de metas do governo do PT e da ONU.
O
procurador da República Sergio Suiama disse que o MPF tem questionado
juridicamente o fato de que as redes de televisão alugam espaços para programas
cristãos. De acordo com ele, o MPF quer impedir o proselitismo e garantir
espaço igual para o candomblé, umbanda e outras religiões.