País sério é outra coisa |
Em
votação entre os partidos políticos na semana passada, com apoio até do
prefeito da cidade, os suecos optaram por não se candidatar à disputa para
receber o evento. Os argumentos? A cidade tem prioridades mais importantes, a
conta para organizar os jogos seria alta demais e um eventual prejuízo teria de
ser coberto com dinheiro público. Para os partidos, aceitar os jogos seria
“especular com o dinheiro do contribuinte”. O primeiro-ministro Fredrik
Reinfeldt também se mostrou contra. “Não posso recomendar à Assembleia
Municipal que dê prioridade à realização de um evento olímpico. Temos outras
necessidades, como a construção de mais moradias”, disse o prefeito Sten
Nordin, em declarações publicadas pelo jornal Dagens Nyheter e reproduzidas pela BBC. No jornal Dagens
Nyheter, o secretário municipal de Meio Ambiente de Estocolmo, Per
Ankersjö, escreveu um artigo defendendo a decisão.
“Os
cidadãos que pagam impostos exigem de seus políticos mais do que previsões
otimistas e boas intuições [sobre o orçamento]. Não é possível conciliar um
projeto de sediar os Jogos Olímpicos com as prioridades de Estocolmo em termos
de habitação, desenvolvimento e providência social”, disse.
A
cidade tinha apresentado seu plano em novembro de 2013. Em fevereiro, a cidade
russa de Sochi receberá os jogos desse ano. Os de 2018 serão em Pyeongchang, na
Coreia do Sul.
(Exame)
Nota:
Tem horas que dá uma “inveja” de países sérios... Aliás, no Brasil, este é um
ano ideal para políticos corruptos e que só pensam nas eleições seguintes e na
sua permanência no poder (leia-se: sugando as tetas do Estado). Depois do
Carnaval vem a Copa do Mundo, e se a nossa seleção for a campeã, aí, sim, o
êxtase será total. Como o pão já está garantido (mesmo com os bilhões desviados
nas obras), o circo levará o povo ao delírio. Massa fácil de ser conduzida...
[MB]