segunda-feira, janeiro 06, 2014

A cultura da morte por todos os lados

O diabo gosta da morte; Deus, da vida
Fui comprar o material escolar das minhas filhas e fiquei espantado com a quantidade de produtos com temáticas relacionadas a zumbis, vampiros, múmias, caveiras, enfim, à morte. Em videogames, filmes, seriados e novelas, isso não é novidade. Os mortos e os “espíritos” ganharam as telas faz algum tempo. Mas há não muitos anos, as capas de cadernos eram estampadas com imagens da natureza, de personagens de desenhos animados, atores e atrizes, animaizinhos e coisas afins. Nos meus tempos de criança, zumbis sanguinolentos em capa de caderno ou em estojos seria algo, no mínimo, macabro. Mas as crianças foram sendo acostumadas aos poucos a esse tipo de conteúdo (com a grande colaboração recente das tais Monster High), de forma que, hoje, tratam o tema da vida após a morte, do ocultismo e da bruxaria como brincadeira inocente. Mas não é. A mentira da imortalidade incondicional teve início no Jardim do Éden, quando Lúcifer disse aos primeiros seres humanos que, independentemente do que eles fizessem, continuariam vivos (saiba mais sobre esse assunto aqui). A ideia básica é a de que as pessoas seriam imortais (ou teriam dentro delas uma entidade/essência imortal), mesmo que “desconectadas” da fonte da vida: Deus. E é aí que está o perigo. Desconectados dEle, não temos vida. E como os mortos não podem participar do mundo dos vivos, pois estão inconscientes, num estado de não existência, os que querem se passar por mortos-vivos não são humanos, são anjos caídos, demônios cujo objetivo é justamente afastar as pessoas de Deus. E nesse propósito vale tudo, até usar capas de cadernos.

Outro dia, minha amiga e colega jornalista Marcia Ebinger me disse que viu num aeroporto um livro intitulado Diário de um Vampiro Banana – Porque os mortos também têm sentimentos [!]. Uma das temáticas desse livro que embarca num sucesso literário recente é a seguinte: a frustração por ter toda a eternidade “entediante” pela frente. Que coisa, não?! A verdade é que os mortos não têm sentimentos (confira), mas os que fingem ser mortos brincam com os sentimentos dos vivos.

A eternidade com Deus será tudo, menos entediante. E a vida após a morte não tem nada a ver com zumbis, fantasmas, múmias. A vida após a morte depende de nossas escolhas em vida, e será aquilo que escolhermos: vida eterna ou morte eterna. Simples assim.

Michelson Borges