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O diabo gosta da morte; Deus, da vida |
Fui
comprar o material escolar das minhas filhas e fiquei espantado com a
quantidade de produtos com temáticas relacionadas a zumbis, vampiros, múmias,
caveiras, enfim, à morte. Em videogames, filmes, seriados e novelas,
isso não é novidade. Os mortos e os “espíritos” ganharam as telas faz algum
tempo. Mas há não muitos anos, as capas de cadernos eram estampadas com imagens
da natureza, de personagens de desenhos animados, atores e atrizes, animaizinhos
e coisas afins. Nos meus tempos de criança, zumbis sanguinolentos em capa de
caderno ou em estojos seria algo, no mínimo, macabro. Mas as crianças foram
sendo acostumadas aos poucos a esse tipo de conteúdo (com a grande colaboração
recente das tais Monster High), de forma que, hoje, tratam o tema da vida após
a morte, do ocultismo e da bruxaria como brincadeira inocente. Mas não é. A
mentira da imortalidade incondicional teve início no Jardim do Éden, quando
Lúcifer disse aos primeiros seres humanos que, independentemente do que eles
fizessem, continuariam vivos (saiba mais sobre esse assunto aqui). A ideia
básica é a de que as pessoas seriam imortais (ou teriam dentro delas uma
entidade/essência imortal), mesmo que “desconectadas” da fonte da vida: Deus. E
é aí que está o perigo. Desconectados dEle, não temos vida. E como os mortos
não podem participar do mundo dos vivos, pois estão inconscientes, num estado
de não existência, os que querem se passar por mortos-vivos não são humanos,
são anjos caídos, demônios cujo objetivo é justamente afastar as pessoas de
Deus. E nesse propósito vale tudo, até usar capas de cadernos.
Outro
dia, minha amiga e colega jornalista Marcia Ebinger me disse que viu num aeroporto um livro
intitulado Diário de um Vampiro Banana –
Porque os mortos também têm sentimentos [!]. Uma
das temáticas desse livro que embarca num sucesso literário recente é a
seguinte: a frustração por ter toda a eternidade “entediante” pela frente. Que
coisa, não?! A verdade é que os mortos não têm sentimentos (confira), mas os que fingem ser mortos brincam com os sentimentos dos vivos.
A
eternidade com Deus será tudo, menos entediante. E a vida após a morte não tem
nada a ver com zumbis, fantasmas, múmias. A vida após a morte depende de nossas
escolhas em vida, e será aquilo que escolhermos: vida eterna ou morte eterna.
Simples assim.
Michelson Borges