quarta-feira, maio 14, 2014

Estudo questiona benefícios do vinho e do chocolate

Sem vantagem e com o risco do álcool
Uma pesquisa divulgada na segunda-feira não encontrou provas de que o resveratrol, antioxidante polifenol presente no vinho tinto e no chocolate, faz bem ao coração e diminui processos inflamatórios no organismo. O estudo contraria uma série de trabalhos que atribui ao chocolate e ao vinho efeitos positivos à saúde. Os cientistas começaram a pesquisa questionando o chamado “paradoxo francês”, segundo o qual uma dieta rica em colesterol e gordura saturada não necessariamente leva a problemas no coração. Segundo o “paradoxo francês”, os malefícios da gordura seriam compensados pelo consumo regular de vinho tinto, bebida rica em resveratrol e outros polifenóis que, afirmam vários estudos, protegem o coração e combatem os radicais livres.

A pesquisa foi realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, entre de 1998 a 2009. Participaram do estudo 783 homens e mulheres com 65 anos ou mais, moradores de duas cidades da Toscana, na Itália. A escolha da região foi proposital, já que o consumo regular de vinho é comum nas cidades toscanas, de modo que não seria necessário mudar a dieta dos voluntários.

No começo do estudo, os cientistas mediram a quantidade de resveratrol presente na urina dos participantes. Os voluntários foram, então, divididos em quatro grupos, de acordo com a quantidade do antioxidante nas amostras de urina.

Ao longo da pesquisa, 268 participantes morreram, 174 tiveram alguma doença cardiovascular e 34 foram diagnosticados com câncer. Segundo os pesquisadores, a incidência das moléstias foi igual entre pessoas com mais ou menos resveratrol no organismo. “A ideia usual é de que certos alimentos são bons para a saúde porque contêm resveratrol. Nosso estudo não confirmou essa afirmação”, disse Richard D. Semba, coautor da pesquisa publicada no periódico Jama Internal Medicine

(Veja)

Nota: Há pesquisas para todo tipo de "gosto" e muitas delas são sorrateiramente discretamente encomendadas e servem a grandes interesses comerciais. Deve haver muito empresário indignado com essa pesquisa da conceituada Universidade Johns Hopkins (pesquisa que durou dez anos). O álcool já foi apontado como benéfico à saúde; a maconha e a carne também; e até o cigarro houve quem tentasse inocentá-lo. Para depois isso ser desmentido com pesquisas mais apuradas ou não atreladas a interesses da indústria. Quando as pesquisas vão de encontro à revelação de Deus expressa em Sua Palavra, prefiro ficar com a revelação. Em minha vida, essa escolha tem se mostrado acertada há duas décadas. E na história da humanidade, desde sempre. [MB]