Distorção do relato bíblico |
De
acordo com o site Fast News,
não é só no Brasil que a sociedade se manifesta sobre a programação veiculada
na TV que vai contra os princípios cristãos. Nos Estados Unidos, milhares de
mães se reuniram para protestar contra a série “Lúcifer”, novo lançamento da Fox para 2016. Foi aberta uma petição que está nos sites
The American Family Association e One Million Moms (Associação da Família
Americana e Um Milhão de Mães), na qual se diz que “o programa descaracteriza
Satanás, se afasta dos verdadeiros ensinamentos bíblicos sobre ele, e retrata
de maneira imprecisa as crenças da fé cristã. Ao colocar essa série no ar, a
Fox está desrespeitando o cristianismo e zombando da Bíblia”. A petição já
rendeu assinaturas de mais de 12 mil mães até a última quinta-feira (28/5), no
One Million Moms. Mais 72 mil pessoas também estão apoiando a causa no The
American Family Association.
Na
série, o demônio é protagonizado como Lúcifer Morningstar, que decide sair do
inferno para se mudar para Los Angeles, com o intuito de abrir uma discoteca de
luxo, denominada “Lux”. Na trama, Deus se chateia com o fato de Satanás deixar
o inferno e resolve enviar um anjo chamado Amenadiel, que tenta convencer
Lúcifer a voltar.
Além
disso, Satanás irá auxiliar o Departamento de Polícia da cidade a solucionar o
assassinato de uma estrela pop em sua
casa noturna. Para isso, ele abusará da sua capacidade de “extrair segredos das
pessoas” e se apaixonará por uma detetive, o que o fará questionar sua própria
natureza perversa.
E
na Inglaterra, um grupo de cristãs lançou campanha para incentivar os
fiéis a se referirem a Deus como “Ela”. Batizado de Watch, e mais
conhecido como Mulheres e a Igreja, o grupo afirma que usar apenas o “Ele”
nos rituais e nas orações faz com que Deus seja mais parecido com homens, o que
configura um caso de sexismo. Uma das líderes do movimento é a pastora
anglicana Emma Percy, responsável pela capela do Trinity College, em Oxford (Inglaterra).
Ela disse ao Sunday Times: “Quando
usamos apenas o masculino para Deus reforçamos a ideia de que Deus é como um
homem. Assim, sugerimos que Deus é mais semelhante aos homens do que às
mulheres”. Outra pastora, Kate Bottley, já está retirando, quando possível,
todas as referências a “Ele” e “dEle” durante a pregações, contou o Metro (Page Not Found).
Claro
que o conceito de homem e mulher não se aplica necessariamente a Deus, e que
ambos, homem e mulher, foram criados à imagem e semelhança dEle. Mas ocorre
que, na Bíblia, Deus Se identificou como “Ele”. Referir-se a Ele como “Ela”,
além de contrariar as Escrituras, é partir para o lado oposto da questão.
O fato é que, tanto dentro quanto fora do ambiente cristão, há vozes propondo certas “revisões” de ideias e conceitos. É o relativismo em sua essência. Deus? Tanto faz como você O vê e O define. Satanás? Reescreva a história dele e, se possível, pinte-o como um ser digno de pena, merecedor do perdão de um Deus tirano. De qualquer forma, para quem não lê a Bíblia (e não crê nela), essas distorções acabam impregnando os pensamentos e contribuindo para fixar a ideia de que tudo isso não passa de um mito para ser explorado pelas câmeras dos produtores/diretores ávidos por dinheiro. [MB]