Igual aos de hoje |
Pesquisadores
descobriram, no Nordeste do Brasil, um fóssil de pássaro excepcionalmente
completo do período Cretáceo Inferior. A ave foi encontrada em uma rocha de 115
milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. Trata-se de um dos
fósseis de pássaro mais antigos na América do Sul. O espécime, encontrado na
região da Chapada do Araripe, no Ceará, tem o tamanho de um beija-flor. O
fóssil ainda conserva grandes penas na cauda, que ainda apresentam traços das cores originais, e plumas ao longo
do corpo. Os autores sugerem que as longas penas tinham função sexual ou de
reconhecimento de espécie, e não estavam relacionadas ao equilíbrio ou ao voo.
[Como podem saber disso com base apenas no fóssil? Muitas características de
animais que existem atualmente são desconhecidas dos pesquisadores, mas eles
parecem saber mais a respeito de animais aparentemente extintos dos quais
restaram apenas vestígios em rochas...]
“Apesar
de ser um pássaro jovem e pequeno, esse novo fóssil é uma descoberta muito
importante para a compreensão da evolução dos pássaros no paleocontinente de
Gondwana. Este fóssil é uma verdadeira joia da paleontologia brasileira”, diz o
pesquisador Ismar de Souza Carvalho, diretor do Instituto de Geociências da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e um dos autores da pesquisa, que
foi publicada nesta terça-feira (2) na revista Nature Communications.
Os
pesquisadores observam que, apesar da
juventude do pássaro, as estruturas de suas penas são parecidas com as dos
pássaros adultos modernos. A maioria dos fósseis de pássaros do período
Cretáceo já descobertos até hoje, segundo os pesquisadores, foram encontrados
no nordeste da China. [Na verdade, todos os fósseis de pássaros se parecem
muito com os pássaros que existem hoje. Na verdade, também, todos os seres
vivos de supostos milhões de anos se parecem muito com seus “parentes” ou
correspondentes atuais.]
Foi
a partir deles que se obteve o conhecimento sobre como evoluíram as penas dos
pássaros. Agora, com o novo fóssil brasileiro, o conhecimento sobre a estrutura
e a função das penas pode ser ampliado. [Descobriram como as penas “evoluíram”
ou fizeram suposições como a de que as penas não eram usadas para o voo, mas
tinham funções sexuais, como na afirmação acima?]
Chapada do Araripe: repare nos extratos plano-paralelos |