Pecado mais que acessível |
Um
dos estudos mais recentes sobre pornografia nos Estados Unidos, realizado pela Proven Men
Ministries, organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar homens a se
libertar desse vício, constatou que 79% dos homens e 34% das mulheres entre 18
e 30 anos acessam conteúdo erótico mensalmente. De acordo com o levantamento,
na faixa etária dos 31 aos 49 anos, esse hábito era cultivado por 67% dos
homens e 13% das mulheres. Já com relação ao público entre 50 e 68 anos, 49%
deles e 10% delas declararam acessar material erótico mensalmente. Isso
disparou o alarme nos meios religiosos, pois o contato com esse tipo de
material traz sérios prejuízos para a pessoa, as relações familiares e a vida
espiritual. Essa proporção tem mudado pouco ao longo das últimas décadas.
Porém, é perceptível que a internet tenha ampliado as formas de contato com
conteúdo pornográfico. Se há alguns anos esse tipo de material estava
disponível unicamente em fitas VHS, cinema ou revistas vendidas em bancas, hoje
o internauta tem acesso por meio de DVDs, Blu-Rays,
laptops, e-mails, smartphones, tablets e uma infinidade de outros dispositivos.
“Quando
eu era adolescente na década de 1990, quando a internet estava em sua infância
e todos os celulares eram ‘burros’ (referência ao período em que não havia
‘telefones inteligentes’), a grande preocupação das igrejas sobre questões
sexuais era o sexo antes do casamento. Em 1993, os adolescentes tinham que
roubar revistas ou fitas VHS para ver pornografia. Hoje, tudo de que eles precisam
é uma conexão com a internet”, disse recentemente a escritora Halee Gray Scott,
em artigo na revista Christianity Today. “Estamos aprendendo mais e mais
sobre o impacto duradouro de viver em um mundo conectado a uma internet
saturada de conteúdo pornográfico”, acrescentou.
Confirmando
essa tendência, uma pesquisa feita na Inglaterra em 2011 mostrou que 24% dos
entrevistados mantinham conteúdo pornográfico em seu celular, podendo acessá-lo
quando e onde quisessem, sem o constrangimento da exposição.
Nesse
mundo de novas tecnologias da comunicação, a multibilionária indústria
pornográfica (considerada maior do que o conjunto das empresas Microsoft,
Google, Amazon, eBay, Yahoo!, Apple, Netflix e EarthLink) vem ganhando cada vez
mais espaço junto aos mais variados públicos.
Leia também: “A ilusão da pornografia”