terça-feira, agosto 09, 2016

Efeitos da pornografia na era digital

Pecado mais que acessível
Um dos estudos mais recentes sobre pornografia nos Estados Unidos, realizado pela Proven Men Ministries, organização sem fins lucrativos dedicada a ajudar homens a se libertar desse vício, constatou que 79% dos homens e 34% das mulheres entre 18 e 30 anos acessam conteúdo erótico mensalmente. De acordo com o levantamento, na faixa etária dos 31 aos 49 anos, esse hábito era cultivado por 67% dos homens e 13% das mulheres. Já com relação ao público entre 50 e 68 anos, 49% deles e 10% delas declararam acessar material erótico mensalmente. Isso disparou o alarme nos meios religiosos, pois o contato com esse tipo de material traz sérios prejuízos para a pessoa, as relações familiares e a vida espiritual. Essa proporção tem mudado pouco ao longo das últimas décadas. Porém, é perceptível que a internet tenha ampliado as formas de contato com conteúdo pornográfico. Se há alguns anos esse tipo de material estava disponível unicamente em fitas VHS, cinema ou revistas vendidas em bancas, hoje o internauta tem acesso por meio de DVDs, Blu-Rays, laptops, e-mails, smartphones, tablets e uma infinidade de outros dispositivos.

“Quando eu era adolescente na década de 1990, quando a internet estava em sua infância e todos os celulares eram ‘burros’ (referência ao período em que não havia ‘telefones inteligentes’), a grande preocupação das igrejas sobre questões sexuais era o sexo antes do casamento. Em 1993, os adolescentes tinham que roubar revistas ou fitas VHS para ver pornografia. Hoje, tudo de que eles precisam é uma conexão com a internet”, disse recentemente a escritora Halee Gray Scott, em artigo na revista Christianity Today. “Estamos aprendendo mais e mais sobre o impacto duradouro de viver em um mundo conectado a uma internet saturada de conteúdo pornográfico”, acrescentou.

Confirmando essa tendência, uma pesquisa feita na Inglaterra em 2011 mostrou que 24% dos entrevistados mantinham conteúdo pornográfico em seu celular, podendo acessá-lo quando e onde quisessem, sem o constrangimento da exposição.
Nesse mundo de novas tecnologias da comunicação, a multibilionária indústria pornográfica (considerada maior do que o conjunto das empresas Microsoft, Google, Amazon, eBay, Yahoo!, Apple, Netflix e EarthLink) vem ganhando cada vez mais espaço junto aos mais variados públicos.