J.
A. S. Francisco, aluno do curso de Licenciatura em Química do Centro
Universitário Amparense (Unifia); A. A. Lima, química, doutora em Ciências (área
de concentração: Química Inorgânica), professora da Unifia e coordenadora do
curso de Química; e D. P. Arçari, biólogo, mestre em Ciências e professor da
Unifia escreveram o artigo “Datação por Carbono 14” (leia aqui),
no qual concluem o seguinte: “No estudo realizado através de revisão literária
pode-se concluir que pelo método de datação por carbono 14, se torna possível
que arqueólogos possam comprovar a idade de objetos e fosseis encontrados, que
provavelmente estão no local há milhares de anos. Pelo que podemos ver, a datação através do carbono 14 não deve
ser utilizada como algo exato, principalmente por não se conhecer a
concentração exata de carbono 14 em tempos remotos. Essa variação pode fazer
uma amostra parecer mais velha do que
realmente possa ser. É bom ter em mente o que está por trás dos métodos de
datação por carbono 14. Uma coisa é medir a quantidade de isótopos presentes em
determinada amostra, isso é possível fazer com grande precisão; outra coisa
totalmente diferente é extrapolar essa observação para determinar a idade do
objeto em questão, isso depende de fatores não observados e não conhecidos que
simplesmente se tem de assumir não dá para voltar atrás no tempo até a altura
que o objeto começou a se formar e acompanhar o seu desenvolvimento.”
Admissão
interessante de quem estuda o assunto, embora programas popularescos como o
Fantástico e documentários da Discovery, por exemplo, sempre apresentem os
métodos radioativos de datação como praticamente infalíveis. Uma análise rápida
de alguns artigos científicos disponíveis na internet mostra que vários autores
admitem possibilidades de erros nas datações. E meu livro A História da Vida, trato desse assunto dos métodos de datação em um capítulo específico, e a
Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) acaba de lançar um ótimo livro sobre o
assunto, intitulado Exame Crítico da
Datação Radiométrica.
A
Datação Radiométrica é um dos assuntos cruciais envolvidos na controvérsia
entre a estrutura conceitual evolucionista e a estrutura conceitual
criacionista, pelas implicações relativas às distintas interpretações das
idades de formações geológicas e de fósseis encontradas na natureza. Esse livro
pretende fornecer subsídios para quem realmente deseja compreender as bases
filosóficas e as evidências reais que fundamentam os pressupostos assumidos
pelas duas posições antagônicas aceitas para a interpretação dos fatos
observados na natureza.
Na
primeira parte do livro, encontra-se uma seleção de artigos já publicados nos
periódicos editados pela SCB e, na segunda parte, uma coletânea de artigos mais
recentes, publicados na revista Acts and
Facts, publicada mensalmente pelo Institute for Creation Research,
instituição criacionista sediada nos Estados Unidos.
Todos
esses artigos, em seu conjunto, constituem um valioso acervo de informações
básicas sobre a história do desenvolvimento dos métodos de datação radiométrica
e do estado atual da arte nesse interessante e importante campo de pesquisas.
O
desejo dos editores é que essa seja uma publicação que possa trazer à baila
argumentos de peso a favor da interpretação alternativa dos fatos a partir de
pressuposições distintas das usualmente levadas em conta no campo da datação
radiométrica, permitindo aos leitores avaliarem a questão por si mesmos
considerando as informações adicionais expostas, nem sempre fáceis de ser encontradas
na literatura especializada sobre o assunto.
O
livro tem 220 páginas e pode ser adquirido aqui. [MB]