quarta-feira, junho 28, 2017

“Não existe vida inteligente fora da Terra”

A frase do título é o que afirma o cientista britânico Nick Lane, da Universidade de Londres. Lane vai na contramão de estudiosos do grupo que pesquisa Evidências de Vida Inteligente Fora da Terra (o SETI, na sigla em inglês). Para esses pesquisadores, havendo manifestação de vida em outros planetas, ela evoluiria à semelhança da raça humana (eles creem que a teoria de Darwin se aplica a qualquer canto do universo), e, mais cedo ou mais tarde, enviaria sinais de existência que seriam captados por nossos radiotelescópios. No entanto, Lane argumenta que vida avançada como a que existe na Terra é algo “extremamente raro” que dificilmente poderia ser copiado.

Em matéria publicada no The Telegraph, ele explica que os seres vivos precisam de separação entre seu meio interno e o meio externo, ou seja, o ambiente em que vivem. A teoria prevê que, ao longo dos supostos bilhões de anos de vida na Terra, muitos sistemas vitais evoluíram, mas sempre houve a necessidade dessa membrana.
Outro “milagre evolutivo” apontado por Lane é o “surgimento” da mitocôndria, um evento-chave que, segundo ele, potencializou e evolução dos seres vivos na Terra. “Sem a mitocôndria”, ele diz, “jamais seria possível sair do estado celular primitivo” (seja lá o que isso significa, já que qualquer célula está longe de ser “primitiva”, dada a sua complexidade).