A Alemanha, maior economia da zona euro, entrou oficialmente em recessão pela primeira vez em cinco anos, após a redução do Produto Interno Bruto (PIB) durante dois trimestres consecutivos, informa um comunicado oficial do Escritório Federal de Estatísticas (Destatis). No terceiro trimestre, o PIB caiu 0,5% em relação ao período anterior, anunciou o Destatis em uma estimativa provisória. No segundo trimestre, a redução foi de 0,4%, depois de uma alta de 1,4% no primeiro, segundo dados definitivos. Normalmente, considera-se que uma economia entra em recessão após o registro de queda por dois trimestres consecutivos. A situação é mais grave que as previsões dos economistas entrevistados pela agência Dow Jones Newswire, que apostavam em uma queda de 0,1%. (...)
Há pouco tempo Berlim revisou para baixo a previsão de crescimento econômico para 2009, a 0,2%, em conseqüências dos efeitos da crise financeira global. Líder mundial em exportações, a Alemanha está muito fragilizada pela redução das atividades de seus principais mercados e a queda dos níveis de consumo. (...)
A chanceler Angela Merkel reconheceu que o governo trava uma batalha dura contra a crise e que está fazendo o possível para superar a tempestade. “Estamos em uma situação extremamente difícil, na qual não podemos prever o que acontecerá no futuro”, declarou.
Depois da notícia da recessão, algumas bolsas da Europa caem, inclusive o principal índice da bolsa de Frankfurt, que desvalorizava 0,83% por volta das 10h10. O FTSE-100, de Londres, caía 2,20%; o CAC 40, de Paris, tem baixa de 0,64%. As bolsas da Ásia fecharam em queda, seguindo a derrocada registrada na véspera em Wall Street, os crescentes sinais de recessão na Europa e as declarações do secretário do Tesouro americano, Henry Paulson, de que o plano de socorro do governo não comprará mais papéis podres. Em Tóquio, o índice Nikkei encerrou em baixa de 5,25%. Em Seul, o índice Kospi fechou em queda de 3,15%.
(G1 Notícias)